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PIB agrícola deverá crescer mais no 2º tri, diz Mantega

O Produto Interno Bruto da Agropecuária do Brasil deverá apresentar crescimento maior no segundo trimestre em relação ao primeiro, indicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar o desempenho da economia brasileira nos primeiros três meses do ano. "No segundo trimestre, a agricultura vai crescer mais que no primeiro trimestre, vai ter uma força de expansão", declarou ele em entrevista nesta sexta-feira, sem fazer referência à pecuária, outro componente do PIB do setor. O PIB da Agropecuária no primeiro trimestre cresceu 3,6 por cento em relação período anterior e teve alta de 2,8 por cento na comparação com os três primeiros meses de 2013, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro da Geografia e Estatística (IBGE). A avaliação do ministro coincide com a do setor privado. Segundo nota da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a expectativa é de que, no segundo trimestre, o setor agropecuário mantenha a tendência de crescimento. "Isto porque, nos meses de abril, maio e junho, há o término da colheita da safra de verão e o início da colheita da segunda safra e da safra de algodão, que deverão sustentar o crescimento do PIB", afirmou a CNA. Os efeitos da seca para as safras de café e cana, entretanto, podem evitar maiores ganhos do PIB no segundo trimestre. "O que vemos para frente é que algumas culturas, como a cana, café e citros, podem ajudar a puxar um pouco para baixo o PIB, por causa do efeito da seca", disse o diretor da MBAgro, José Carlos Hausknecht. Pela metodologia do IBGE, o PIB agropecuário teve participação de cerca de 5 por cento da soma das riquezas do país no primeiro trimestre, levando em conta principalmente a produção primária no campo, sem incluir, por exemplo, indústrias do setor. No primeiro trimestre, a agropecuária foi o setor que mais cresceu na economia do Brasil. Em nota, o ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que o resultado já era previsto, devido à política de apoio ao setor, principalmente pela grande oferta de financiamentos com juros controlados pelo Tesouro Nacional e condições facilitadas de pagamento.

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Por Redação
Atualização:

(Por Roberto Samora e Fabíola Gomes)

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