PUBLICIDADE

PIB da China cresce 2,3% em 2020, menor índice em 44 anos

Por outro lado, a produção industrial chinesa registrou avanço de 7,3% dezembro, o melhor resultado do ano

Por AFP
Atualização:

A China foi uma das poucas economias do mundo que registraram crescimento positivo em 2020, apesar da pandemia, com avanço de 2,3% no Produto Interno Bruto (PIB). Ainda assim, esse é o menor resultado do país em 44 anos.

"A economia chinesa enfrentou uma situação grave e complexa tanto no país quanto no exterior, principalmente devido às enormes consequências da epidemia do novo coronavírus", reconheceu nesta segunda-feira, 18, em entrevista coletiva Ning Jizhe, do Escritório Nacional de Estatística (BNS).

Feira internacional de importação e exportação em Xangai Foto: EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI

PUBLICIDADE

O valor oficial do PIB foi superior às previsões dos analistas consultados pela agência de notícias AFP (+ 2%). No entanto, a queda foi expressiva quando em comparação com 2019, quando o crescimento chinês foi de 6,1% e já era o menor nível em quase três décadas.

A China, primeiro país afetado pela pandemia de covid-19, sofreu uma queda histórica no crescimento no primeiro trimestre de 2020 (-6,8%), após as medidas de confinamento, que pesaram sobre a atividade econômica. A melhora progressiva das condições sanitárias fez com que o PIB se recuperasse.

No último trimestre de 2020, o PIB foi de 6,5%, semelhante ao nível de antes da pandemia, informou o Escritório Nacional de Estatísticas. Ao contrário da maioria dos países, que devem anunciar uma recessão, "a economia chinesa teve um histórico invejável na maior parte de 2020", disse o analista da agência de classificação de risco Moody's Xiao Chun Xu.

Por outro lado, a produção industrial chinesa atingiu o maior porcentual de crescimento em 2020 em dezembro, com crescimento de 7,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As vendas no varejo, principal indicador do consumo, desaceleraram, com crescimento de apenas 4,6% em dezembro, ante 5% em novembro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.