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PIB de 2006 passa de 2,9% para 3,7% com nova metodologia

Revisão ficou acima do previsto pelo mercado, que esperava alta para até 3,5%

Por Agencia Estado
Atualização:

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006 foi revisado de 2,9%, divulgado anteriormente, para 3,7%, segundo a nova metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A revisão, divulgada nesta quarta-feira, 28, veio acima das expectativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam que a taxa subiria para, no máximo, 3,5%. Segundo o economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria, a revisão do PIB de 2006 permite uma queda na relação dívida/PIB dos cerca de 50% para algo como 44,6%. O IBGE também revisou o crescimento dos setores do PIB. A agropecuária cresceu 4,1%, a indústria, 2,8% e os serviços, 3,7%. Na série anterior, feita com outra metodologia, a expansão da agropecuária havia sido de 3,2%; da indústria, de 3% e dos serviços, 2,4%. Com a revisão, os resultados do PIB relativos a cada trimestre de 2006 foram os seguintes: quarto trimestre, de 1,1% para 0,9%; terceiro trimestre, 0,8% para 2,6%; segundo trimestre 0,6% para -0,5%; e primeiro trimestre, 1,2% para 1,6%. Na comparação com iguais períodos do ano anterior, as mudanças foram: quarto trimestre, 3,8% para 4,8%; terceiro trimestre, 3,2% para 4,5%; segundo trimestre, 1,2% para 1,5%; e primeiro trimestre, 3,3% para 4,1%. Em valores correntes, o PIB de 2006 foi de R$ 2,3228 trilhões. Com isso, o PIB per capita cresceu 2,3% sobre 2005 e foi de R$ 12.437. Investimentos A taxa de investimento (formação bruta de capital fixo sobre o PIB) de 2006 ficou em 16,8%, acima da taxa apurada em 2005, de 16,3%. A taxa do ano passado foi apurada já com a nova metodologia de cálculo do PIB. Portanto, não ocorreu revisão para o dado, como nos anos anteriores. O aumento real do investimento no ano passado, ante 2005, foi de 8,7%. A FBCF cresceu amparada pelo aumento na construção civil e nas máquinas e equipamentos, especialmente os importados. Foram revisados para cima também os aumentos apurados no consumo das famílias (de 3,8% para 4,3%) e do consumo do governo (de 2,1% para 3,6%). Na semana passada, o IBGE já havia divulgado a revisão das taxas de expansão até 2005. Os dados mostraram que a economia cresceu mais do que havia sido calculado anteriormente. Matéria alterada às 10h27 para acréscimo de informações

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