A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) espera agora que o Produto Interno Bruto (PIB) dos membros encolha 4,2% em 2009, afirmou o secretário-geral, Angel Gurria. Em projeção feita em novembro, a OCDE estimava contração de 0,4% na área da organização.
Veja também:
Falando em evento em Paris, Gurria afirmou que quanto maior for o estímulo fiscal, melhor, e os planos atuais de estímulo não são suficientes para criar empregos. Ele também observou que o dólar continua sendo a moeda de reserva por excelência e que os bancos de desenvolvimento multilaterais precisam de mais capital.
Na semana passada, Gurria sinalizou que a organização reduziria suas projeções para as grandes economias quando publicar seu relatório econômico mundial em 31 de março. O relatório incluirá novas projeções para o Grupo dos Sete países mais industrializados (G-7), membros da OCDE e os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China).
Segundo ele, a economia mundial provavelmente encolherá em 2009, no que seria a primeira contração global em 60 anos, apesar do crescimento na China e na Índia. Segundo ele, a expansão nesses dois países não será suficiente para compensar a fraqueza em outras partes do mundo.
O secretário-geral informou que EUA, zona do euro e Japão sofrerão "reduções um tanto importantes" nas suas perspectivas. Em novembro, a OCDE previu que o PIB combinado de seus 30 membros cairia 0,4% este ano, que o PIB da zona do euro teria contração de 0,6%, que a economia dos EUA encolheria 0,9% e o Japão teria queda de 0,1% do PIB.
FMI
Na mesma semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também previu que a atividade econômica global terá este ano sua primeira contração em 60 anos, de entre 0,5% a 1%, em base anualizada, com as economias avançadas contraindo entre 3% a 3,5%, a mais profunda desaceleração desde a Segunda Guerra Mundial. As economias emergentes, entretanto, manterão desempenho positivo este ano pelas projeções do FMI, crescendo entre 1,5% a 2,5%.
Em janeiro, o FMI havia revisado em baixa a previsão de crescimento da economia mundial, calculando expansão de 0,5% para este ano e uma recuperação gradual para 3% em 2010.