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PIB deve crescer 2,36% em 2002, diz pesquisa da Febraban

Por Agencia Estado
Atualização:

A economia brasileira deverá crescer, em média, 2,36%, no decorrer de 2002 em relação ao ano passado, segundo projeções de executivos de 25 instituições financeiras incluídas em pesquisa da Federação Brasileira da Associações de Bancos (Febraban). No ano passado, segundo estimativa do Banco Central - os dados do PIB do 4º trimestre de 2001 serão divulgados na próxima quinta-feira, 28 - a economia deve ter crescido, em média, 1,7%. A compilação das informações colhidas pela Febraban mostra que o crescimento da economia este ano será ajudado por uma melhora no PIB do setor agropecuário que deverá registrar um aumento de 3,4%. No setor de serviços, a expectativa é de um avanço de 2,41%, e de 1,94% no setor industrial. A pesquisa da Febraban colheu também opiniões dos executivos financeiros sobre mais 27 variáveis econômicas. Entre elas, merecem destaque as operações de crédito, para as quais o mercado projeta um crescimento de 14,91%. Esta evolução, segundo as instituições financeiras, será composta por uma diminuição de 3,48% na carteira de crédito direcionado (rural, imobiliário, entre outros) e um aumento da carteira livre, de 24,82%. De acordo com a Febraban, como se trata de taxas muito superiores à taxa de crescimento do PIB, os números apontam aumento da relação crédito/PIB. Juros Ainda de acordo com a pesquisa da Febraban, para a taxa básica de juros (Selic), as projeções apontam taxa média de 17,88% ao ano em 2002, e uma taxa de 16,76% ao final de dezembro. "Como a taxa atual (já considerando o corte de 0,25 ponto porcentual promovido pelo Banco Central na última quarta-feira) é de 18,75% ao ano, ela deverá sofrer uma redução de 2 pontos porcentuais", afirma o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster. "As projeções mostram que o Banco Central tem uma política consistente com a meta de inflação, e apontam para um IPCA de 4,85% ao ano, um IPC-Fipe de 4,74% ao ano e um IGP-M de 6,21 % ao ano". Câmbio As projeções para o câmbio convergem para uma cotação de R$ 2,56 por dólar em dezembro e um dólar médio de R$ 2,52. De acordo com a Febraban, essas projeções convergem para uma elevação maior ainda no primeiro semestre e uma estabilidade maior no segundo semestre. O saldo da balança comercial, de acordo com as 25 instituições ouvidas pela Febraban, deverá fechar com superávit de US$ 4,68 bilhões e a conta de transações correntes, um déficit de US$ 20,99 bilhões, correspondendo a 4,03% do PIB. "Se a projeção de US$ 17,34 bilhões de investimentos externos se confirmar, a necessidade de novos empréstimos será inferior a US$ 4 bilhões", afirma o economista da Febraban.

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