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PIB do País em 2013 não será tão pujante quanto governo esperava, diz FGV

Segundo economista, desempenho abaixo do esperado ocorrerá em função do aumento da dívida pública

Por Fernanda Nunes , Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

RIO - A economia brasileira deverá registrar neste ano um aumento da dívida líquida pública, por parte dos governos federal e estadual, projeta a economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Silvia Matos, em palestra no seminário "Análise Conjuntural". A consequência, segundo ela, é um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 "não tão pujante quanto o governo esperava".

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Ela prevê uma piora da balança comercial, diante da crise internacional. "O cenário é desafiador para a economia brasileira. Do ponto de vista do cenário internacional, a expectativa é de uma modesta desaceleração nos Estados Unidos. Mas o que temos de ver com mais cuidado são as nossas questões internas. Parece que ao longo dos próximos trimestres, o cenário pode não ser tão bom", disse a economista.

Silvia projeta que o PIB não deverá crescer muito mais do que 2,5% neste ano. "Se fechar em 2,7% é um cenário muito otimista. É um crescimento mais baixo e com uma inflação elevada. Temos limitações no mercado de trabalho. E a dinâmica de inflação demonstra esse desequilíbrio", afirmou. Para a indústria, a expectativa é de uma recuperação moderada. Enquanto o risco, em sua opinião, está no setor de serviços, que possui dificuldade com a expansão da produtividade. A inflação deverá ficar na casa dos 6% neste ano, puxada, sobretudo, pelos preços de serviços, projetou a economista. A ajuda virá dos preços administrados. Também para o ano que vem a expectativa é de que a inflação se aproxime do teto da meta. Por isso, ela acredita na retomada da taxa básica de juros pelo Banco Central.

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