
28 de janeiro de 2021 | 12h35
WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos registrou queda de 3,5% em 2020, no pior desempenho desde 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial. O resultado vem depois do crescimento de 2,2% em 2019 e marca o primeiro declínio anual do PIB desde a Grande Recessão de 2007-09.
A economia americana caiu em recessão em fevereiro passado, uma vez que a covid-19 devastou fornecedores de serviços como restaurantes e companhias aéreas, deixando milhões de norte-americanos sem trabalho e na pobreza.
O dado do Departamento do Comércio sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre divulgado nesta quinta-feira, 28, também mostrou que a recuperação da pandemia perdeu força no fim do ano em meio ao ressurgimento das infecções por coronavírus e esgotamento do pacote fiscal de quase US$ 3 trilhões do governo.
No quarto trimestre, o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 4,0%. O vírus e a falta de outro pacote de gastos reduziram os gastos dos consumidores, e ofuscaram parcialmente o desempenho forte da indústria e do mercado imobiliário.
A forte perda de força depois da expansão histórica de 33,4% entre julho e setembro deixou o PIB bem abaixo de seu nível do final de 2019.
Dado que o vírus ainda não está controlado, economistas preveem que o crescimento vai enfraquecer ainda mais no primeiro trimestre de 2021, antes de retomar velocidade conforme o estímulo adicional faz efeito e mais norte-americanos são vacinados.
Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deixou inalterada sua taxa básica de juros perto de zero e prometeu continuar injetando dinheiro na economia através de compras de títulos, destacando que o “ritmo da recuperação na atividade econômica e emprego se moderou nos últimos meses”.
O presidente Joe Biden apresentou um plano de recuperação no valor de US$ 1,9 trilhão e pode usar o relatório do PIB junto a alguns parlamentares que relutaram diante do valor após o governo fornecer quase US$ 900 bilhões em estímulo adicional no fim de dezembro.
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