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PIB dos EUA cai 5,7%, menos que o previsto

Resultado revisado é melhor que o recuo de 6,1% divulgado na prévia do governo, mas pior em 27 anos

Por Efe e WASHINGTON
Atualização:

A economia dos Estados Unidos teve contração de 5,7% no primeiro trimestre, na taxa anualizada. Embora a queda tenha sido a segunda pior dos últimos 27 anos, o número é melhor que o calculado inicialmente pelo Departamento de Comércio, um recuo de 6,1%, e ligeiramente pior que as previsões de mercado, de redução de 5,5%. Em relação ao trimestre anterior, o ritmo da contração cedeu um pouco. No último trimestre de 2008, o recuo da economia americana havia sido de 6,3%. Os números completam o pior semestre econômico em 60 anos. Levando em conta a contração de 0,5% do terceiro trimestre de 2008, é a primeira vez desde 1975 que a economia dos EUA tem recuo por três trimestres consecutivos. Porém, os dados também sugerem que a recessão iniciada em dezembro de 2007 chegou ao fundo do poço no fim do ano passado e começa a ceder. Nas previsões da Associação Nacional de Economia Empresarial, entidade que determina quando há uma recessão, no segundo trimestre do ano, o ritmo anualizado de contração será de 1,8%. Para o terceiro trimestre, esses analistas esperam um crescimento anualizado do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,7% e, para o período entre outubro e dezembro, calculam que o ritmo anual de crescimento será de 1,8%. O aspecto mais importante dos dados de ontem está no setor empresarial. As empresas cortaram drasticamente investimentos, reduziram funcionários e estoques para cortar a produção e enfrentar a queda das demandas interna e externa. Mas já esboçam reação. Os números mostram que os lucros das empresas, depois do pagamento de impostos, aumentaram 12,9% no período, após terem caído 28% no quarto trimestre de 2008. Em um ano, os lucros tiveram queda de 22%. A medida de inflação vinculada ao PIB foi corrigida 0,1 ponto para abaixo, a 2,8%. No quarto trimestre, esse índice de preços subiu 0,5%. O índice de preços em despesas de consumo pessoal, valor que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) leva muito em conta na hora de decisões sobre a política monetária, caiu 1% entre janeiro e março, após um recuo de 4,9% entre outubro e dezembro. A despesa dos consumidores, que representa quase 67% da atividade econômica nos EUA, aumentou 1,5% entre janeiro e março, após uma queda de 4,3% no trimestre anterior. Outro ingrediente no ajuste de números foi que a redução nas despesas das empresas foi menor que o calculado inicialmente. Entre janeiro e março, os investimentos empresariais recuaram 36,9%, 0,1 ponto a menos que no cálculo inicial. No trimestre anterior, as despesas das empresas tinham diminuído 21,7%. O comércio internacional, por sua vez, ajudou o PIB dos EUA a ser mais alto que o calculado inicialmente. As exportações caíram 28,7%, e não 30% como se tinha estimado, e a queda das importações se manteve em 34,1%. Dessa forma, o comércio acrescentou 2,18 pontos percentuais ao PIB do primeiro trimestre. NÚMEROS 28,7% foi quanto caíram as exportações americanas no primeiro trimestre 36,9% foi quanto recuaram os investimentos empresariais no período 1,5% foi quanto a despesa dos consumidores aumentou entre janeiro e março, nos EUA

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