
27 de agosto de 2015 | 09h42
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu ao ritmo anual de 3,7% no trimestre passado, muito acima da taxa de 2,3% estimada no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, em sua segunda estimativa do PIB. Pesquisa Reuters com economistas apontou que a alta seria revisada para 3,2% no período. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, a estimativa era de um crescimento de no máximo 3,3%.
O dado divulgado nos EUA refere-se ao cálculo anual de crescimento da economia, conta diferente da feita no Brasil, que anuncia periodicamente o crescimento trimestral em relação ao trimestre anterior. Nos EUA, o crescimento anual de 3,7% representa um crescimento trimestral de 0,9124%. O Departamento do Comércio fará a divulgação de sua terceira estimativa do PIB do segundo trimestre em 25 de setembro. No Brasil, o PIB do segundo trimestre sai nesta sexta-feira.
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Investimento. A revisão do PIB americano foi ampla e liderada por melhoras nas estimativas para investimentos das empresas, estoques, gastos do governo e gastos dos consumidores. Os investimentos das empresas, que refletem os gastos em construção, equipamentos e pesquisa e desenvolvimento, avançaram em ritmo anualizado de 3,2% no segundo trimestre, ante o cálculo inicial de acréscimo de 0,6%.
Já os lucros do setor corporativo após impostos - desconsiderando-se a valorização dos estoques e ajustes no consumo de capital - cresceram 5,1% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, garantindo o maior aumento em um ano. Na comparação anual, os ganhos das empresas tiveram alta ainda mais expressiva, de 7,3%.
Os estoques das empresas também avançaram, para US$ 121,1 bilhões no segundo trimestre, acrescentando 0,22 ponto porcentual ao PIB. A princípio, o Departamento do Comércio havia estimado que os estoques tinham comprometido levemente o crescimento no período.
As vendas reais finais, que correspondem ao PIB menos as oscilações nos estoques privados - subiram 3,5% no segundo trimestre, ante o cálculo anterior de ganho de 2,4%
Os gastos do consumo, que representam mais de dois terços do PIB, aumentaram a uma taxa de 3,1% entre abril e junho, ante +2,9% inicialmente. A nova leitura representa um grande avanço em relação à alta de 1,8% registrada no primeiro trimestre. Os gastos do governo, por sua vez, subiram 2,6%, mais do que a ganho originalmente estimado em 0,8%, assegurando o melhor resultado desde 2010.
Em relação ao comércio, as exportações dos EUA cresceram 5,2% no segundo trimestre, enquanto as importações avançaram 2,8%.
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