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PIB dos EUA e crise na América Latina abalam bolsas européias

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise econômica na América Latina, principalmente na Argentina, Brasil e Uruguai, e o baixo crescimento da economia dos Estados Unidos, afetaram o desempenho do mercado acionário europeu. A Bolsa de Madri fechou o pregão desta quarta-feira em queda de 1,15%, depois de outro dia de operações voláteis. No ano, a bolsa acumula uma perda de 25,58%. Analistas disseram que as preocupações com relação a economia dos EUA e dos países da América Latina continuaram pesando sobre o sentimento. As ações da Repsol-YPF subiram 1,55%, pois continuaram a atrair compradores por causa do bom resultado financeiro do segundo trimestre. SCH caiu 6,69% e Endesa recuou 5,73%, ambas pressionadas pelos temores sobre a exposição das companhias no Brasil e no Chile, respectivamente. Em Milão, a bolsa teve alta de 0,4%, mas acumula uma desvalorização de 21,72% no ano. Analistas disseram que foi uma sessão volátil influenciada pelo dado frustrante, abaixo das expectativas, do PIB norte-americano no segundo trimestre e o forte declínio do índice de atividade empresarial da Associação dos Gerentes de Compras de Chicago. As ações do Banca Nazionale del Lavoro caiu 6,76%, pressionado pelas preocupações com relação a sua exposição de US$ 280 milhões no Brasil, junto com a Fiat (-2,93%). Em Lisboa, o mercado acionário registrou alta de 0,41%, por causa de uma realização de lucro no final da sessão. Corretores disseram que o fraco desempenho dos mercados norte-americanos pela manhã reduziu o interesse de compra e levou alguns a venderem depois da recente alta. Também pesou sobre o mercado as preocupações com relação a exposição das companhias portuguesas no Brasil. A Bolsa de Londres fechou em alta de 1,56%. O mercado chegou a subir mais, mas recuou depois da divulgação de indicadores econômicos fracos nos EUA. "Fundamentos como os que vimos hoje minam a recuperação modesta que vimos nos últimos pregões", disse o economista Simon Rubinsohn, da corretora Gerrard. As ações do setor de petróleo subiram, em reação à alta dos preços do produto (BP Amoco +3,11%, Shell +4,31%). No ano, a bolsa londrina já caiu 18,61%. Na Bolsa de Paris, a alta foi de 1,05%, em reação positiva aos informes de resultados da rede hoteleira Accor e do laboratório farmacêutico Aventis. O impacto dos indicadores divulgados nos EUA foi limitado. As ações da Accor subiram 3,89% e as da Aventis avançaram 3,16%. A bolsa francesa já perdeu caiu 26,15% em 2002.

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