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PIB dos EUA tem a maior alta desde o início de 2006

Crescimento foi de 3,4%. Analistas esperavam uma alta de 3,2%

Por GLENN SOMERVILLE
Atualização:

O crescimento econômico dos Estados Unidos recuperou-se no segundo trimestre e atingiu a maior taxa desde o início de 2006, estimulado por maiores investimentos empresariais, gastos do governo e melhor performance comercial, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira, 27. Bush diz que as economias dos EUA e mundial estão fortes Dólar cai, mas mantém atenção à volatilidade no exterior O Produto Interno Bruto (PIB) avançou a uma taxa anualizada de 3,4% - a maior desde a alta de 4,8% do primeiro trimestre de 2006. No primeiro trimestre, a expansão foi de 0,6%, dado revisado em relação à leitura preliminar de 0,7%. A leitura do segundo trimestre superou a previsão dos analistas de 3,2%. "Os consumidores estão claramente tomando um fôlego, mas os outros setores estão mais que compensando isso", disse Richard DeKaser, economista-chefe do National City Corp. Ele alertou, por outro lado, que esse ritmo de expansão não deve se manter. "Devemos ver um crescimento mais fraco à frente. A economia está basicamente em uma tendência de expansão de 2%." Inflação O relatório do governo trouxe sinais positivos no front inflacionário. O núcleo do índice de preços (que não inclui preços com variação sazonal) avançou 1,4%, a menor taxa em quatro anos. Economistas previam uma alta de 2%. O investimento empresarial cresceu a uma taxa anuzalida de 8,1% no segundo trimestre, bem acima dos 2,1% do período anterior, em razão de um salto na atividade do setor de construção comercial. Já o setor de construção continuou puxando o PIB para baixo, com queda de 9,3% no segundo trimestre, embora em ritmo menor que no primeiro, quando a baixa foi de 16,3%.   Consumo O gasto do consumidor subiu 1,3% no segundo trimestre, abaixo da taxa de 3,7% no primeiro. Foi a leitura mais fraca desde o último trimestre de 2005. Os analistas estão atentos aos dados de consumo, em busca de sinais sobre se a desaceleração do mercado imobiliário, que reduziu os preços de muitas propriedades, estão contendo os gatos. O relatório desta manhã acrescentou que o gasto do governo saltou 6,7%, depois de cair 6,3% no período anterior. O comércio externo também contribui para a performance do PIB, com as exportações crescendo a uma taxa anualizada de 6,4% e as importações declinando 2,4% - a primeira baixa desde o primeiro trimestre de 2003. O governo divulgou também revisões de dados anteriores. O crescimento de 2006 foi revisto para baixo para expansão de 2,9%, ante a leitura preliminar de 3,3%. Também foram revisados os dados de 2005 (de 3,2% para 3,1%) e de 2004 (de 3,9% para 3,6%).

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