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PIB pode crescer 4% em 2004, diz economista

Por Agencia Estado
Atualização:

O economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central, arriscou um número ainda maior do que o previsto no Orçamento da União (3,5%) para o crescimento do PIB no ano que vem. Para ele, esse número poderá chegar a 4%. E justificou sua previsão: "O governo agora vai começar uma fase nova. As expectativas são muito boas para o ano que vem", afirmou Freitas, em entrevista ao programa Conta Corrente, da Globo News. "A expectativa é de uma queda real na taxa de juros, que talvez chegue em dezembro a 12%. Se o câmbio continuar estável em termos reais e, no ano que vem (mantivermos) um saldo primário, como nós temos este ano, evidentemente que isso leva o País a ter uma taxa de crescimento econômico na faixa de 3% a 3,5%. Eu acho até que esse cálculo está um pouco para baixo; a economia pode crescer até 4%." Fase conjuntural O ex-diretor do Banco Central também acredita que a meta da inflação para 2004 (projetada em 5,5% pela equipe econômica) pode ficar até abaixo desse número, dado o fato de que a economia vem tendo um comportamento fraco. "Acho que vamos ter no ano que vem uma fase boa, mas conjuntural. Não é ainda o crescimento econômico auto-sustentável. Isso só a daqui a dois anos, se houver mais investimentos na economia. Mas, em termos conjunturais, não há alternativa: o País tem de voltar a crescer no próximo ano." Investimento privado Carlos Thadeu de Freitas disse não acreditar que os investimentos privados voltem com força antes que o governo reduza a carga fiscal. Explicou que os juros reais ainda estarão altos por um bom tempo, o que leva o investidor a preferir aplicar nos títulos públicos. "Com taxa real de 1% ao mês, é melhor você colocar seu dinheiro em títulos públicos do que fazer investimento", justificou.

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