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PIB regional ao longo de dez anos não mudou muito

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Por Redação
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O IBGE acaba de divulgar as suas Contas Regionais relativas ao ano de 2011, que nos mostram como se desempenhou a economia nos diversos Estados brasileiros, num ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional foi muito medíocre (o,9% de aumento).A posição relativa das cinco regiões que compõem o levantamento feito pelo instituto não mudou muito. Assim, a Região Sudeste (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo) manteve a sua supremacia, respondendo por 55,4% da formação do PIB.Em 2002 esse grupo de Estados tinha uma participação de 56,7% no PIB. Há aí uma sugestão de que um prazo de dez anos não chega a ser suficiente para grandes mudanças na distribuição da riqueza nacional por regiões, embora conste que, no mesmo período, elas foram significativas na distribuição da renda familiar no País.Outro dado que o IBGE destacou na sua divulgação é que cinco Estados, a saber, São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, concentram 65,2% de participação na formação do PIB nacional.Destaca-se também o peso de São Paulo nas variações de renda e PIB. Dentro da Região Sudeste, São Paulo foi o que mais perdeu participação no PIB nacional: 0,5 ponto porcentual (p.p.), ao passar de 33,1% para 32,6% na participação. A participação de Minas ficou estável e as do Rio de Janeiro e Espírito Santo caíram, respectivamente, 0,4 p.p. e 0,2 p.p. Em outras palavras, a chamada locomotiva paulista foi a maior responsável pela marcha à ré da região. E, no contexto, a indústria de transformação foi o fator que mais influenciou na queda da participação da região como um todo - novamente, o peso de São Paulo.Parece que, sem as desonerações tributárias da linha branca e dos carros, o desempenho do conjunto teria sido ainda mais negativo, mas com elas não chegou a haver ganho.Alguns fatos suscitam indagações. Exemplo: São Paulo, com um PIB 6,1 vezes maior do que o do Rio, tem um PIB per capita apenas 1,13 vez maior. Sim, é claro, a população paulista é 2,6 vezes maior que a do Rio. Mas seria esse o único fator? O PIB paulista é 13,8 vezes maior do que o do Espírito Santo. Já a renda per capita paulista é apenas 1,17 vez maior. Novamente, o tamanho da população é um fator explicativo. Mas não o único.Resposta mais completa teria de avaliar os tipos de trabalho de onde provém a maior parte da renda das populações nos Estados.

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