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PIB terá queda de 3,6% em 2015, prevê Banco Central

Desaceleração da economia brasileira em 2015 foi puxada pela forte redução dos investimentos, da indústria e de serviços

Foto do author Adriana Fernandes
Foto do author Célia Froufe
Por Adriana Fernandes , Célia Froufe (Broadcast) e Rachel Gamarski
Atualização:
Investimentos da indústria recuaram em 2015 Foto: Hélvio Romero|Estadão

BRASÍLIA - A economia brasileira vai fechar o primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff com retração de 3,6%. A previsão foi feita pelo Banco Central no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta manhã. A previsão anterior do BC indicava queda de 2,7%. Para 2016, o Banco Central previu uma queda de 1,9% do PIB. A revisão da projeção para o crescimento do PIB em 2015 incorpora os resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o terceiro trimestre do ano, a revisão da série histórica das contas nacionais trimestrais e estatísticas disponíveis para o trimestre em curso. Os analistas do mercado financeiro estimam na pesquisa Focus uma queda de 2,80% do PIB em 2016 e de 3,70% este ano. A desaceleração da economia brasileira em 2015 foi puxada pela redução forte dos investimentos, da indústria e de serviços. A estimativa de recuo para a produção da indústria passou de 5,6% para 6,3%. O setor de serviços deverá recuar 2,4%, ante previsão anterior de queda de 1,6%. A produção agropecuária deverá crescer 1,7%, ante estimativa anterior de 2,6%, arrefecimento consistente com a revisão para a produção de importantes culturas. Os investimentos vão levar um tombo de 14,5% este ano, de acordo com as novas previsões do BC. 2016. Para o ano que vem, a previsão do BC é bem mais otimista do que a estimativa dos analistas do mercado financeiro: queda de 1,9% da economia. O mercado projeta um recuo de 2,8%, segundo a Pesquisa Focus.  Pelas projeções do BC, a agricultura deverá crescer o ano que vem 0,5%, cenário mais desfavorável do que o crescimento de 1,7% previsto para 2015. Já para a indústria, o BC projeta uma queda de 3,9% em 2016, o terceiro recuo anual consecutivo.

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