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Pimentel: governo manterá política de reforço do BNDES

Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse hoje que, apesar do esforço fiscal, o governo manterá este ano a política de reforço do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Tesouro Nacional, mas numa "curva descendente".Depois da capitalização de R$ 6,4 bilhões com ações da Petrobras transferidas da União na semana passada, o ministro afirmou que ainda será necessário um aporte financeiro no banco de fomento por meio de empréstimos do Tesouro, mas não quis adiantar quanto está sendo estudado no governo."Em 2009, o governo aportou R$ 100 bilhões. No ano passado, R$ 80 bilhões. Esse ano, será menos de R$ 80 bilhões. Então vai ser uma curva descendente porque não há necessidade de tantos recursos em tempos normais, sem crise", afirmou o ministro, após visitar o campus do Inmetro, na Baixada Fluminense, ressaltando que a definição é do Ministério da Fazenda. "Se houver crise, a gente sobe de novo, pode escrever."O ministro justificou a necessidade de reforçar o BNDES com a série de projetos que o banco deve financiar nos próximos anos, especialmente os de infraestrutura e os ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já a capitalização do BNDES com ações da Petrobras, que tem efeito sobre o patrimônio de referência e a capacidade de alavancagem do banco, foi defendida por Pimentel como uma forma de manter o chamado risco Brasil em patamares baixos."É preciso respeitar o acordo de Basileia. É por isso que o risco Brasil caiu tanto. Se estamos cumprindo Basileia para o risco Brasil ficar baixo, tem que capitalizar o BNDES, o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Para manter o padrão de Basileia, só isso", disse o ministro.Pimentel visitou o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) na companhia do presidente da Fiat Automóveis no Brasil, Cledorvino Belini, que assinou acordos de parceria com o instituto para o desenvolvimento de tecnologias na área automotiva. Pimentel afirmou que o ministério quer aumentar a visibilidade do instituto para ir além da função de certificação, desenvolvendo tecnologias aplicáveis ao desenvolvimento da indústria."Estamos prontos para o desafio de fazer conexão entre o conhecimento científico e acadêmico e o desenvolvimento industrial, coisa que os países desenvolvidos já sabem", afirmou o presidente do Inmetro, João Jornada. Entre os projetos que o Inmetro desenvolve com a Fiat está um motor para veículos comerciais leves que funcionará com um combustível alternativo composto de 30% de biodiesel. Serão investidos R$ 4 milhões nas pesquisas.

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