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Pinguelli defende fim da contribuição da Eletrobras

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, disse hoje que espera que a estatal venha a ter a mesma condição da Petrobras e seja liberada de remeter parte de suas receitas para a composição do superávit primário do governo federal. "A expectativa da Eletrobras é de ganhar situação idêntica à da Petrobras porque somos os maiores investidores brasileiros em energia, inclusive com parcerias privadas", justificou, após participar de evento na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). O executivo ressaltou que o Grupo Eletrobras investirá R$ 3,5 bilhões ao longo de 2003 por meio de suas companhias e repassará outros R$ 1,5 bilhão para a composição do superávit primário. " Para o ano que vem, há um mero planejamento que só se concretizará quando começar a execução orçamentária, mas eu poderia fazer uma analogia: se fizermos uma projeção um pouco para cima e estivéssemos liberados do superávit, poderíamos pensar em um investimento de R$ 6 bilhões para o ano que vem", comentou. Pinguelli ressalvou que, além de não participar do superávit do governo, a realização do investimento dependeria de êxito na aplicação do novo modelo do setor elétrico, hoje em discussão no Ministério de Minas e Energia, e que será encaminhado para aprovação no Congresso Nacional. Caso a empresa permaneça na atual condição de fornecer recursos para o superávit primário, Pinguelli Rosa estimou os investimentos do Grupo Eletrobras no próximo ano entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, com prioridade em linha de transição, termoelétricas e geração especialmente na região norte do País. Mantega descarta possibilidade Em resposta ao presidente da Eletrobras, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que o governo não tem condições de liberar qualquer empresa estatal de contribuir com o superávit primário. Ele argumentou que se liberar uma ou outra estatal de sua contribuição, a administração direta terá de elevar seu próprio superávit. "Não há qualquer vantagem nisso. Nenhuma dessas regras será mudada. Se tirarmos uma empresa, ou colocaremos outra ou elevaremos o superávit do governo", finalizou.

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