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Piora do cenário externo agrava nervosismo

Uma notícia que deve mexer com os mercados no mundo inteiro, piorando a crise de confiança, é a fraude nos balanços da WorldCom. Por aqui, o aumento da aversão ao risco deve intensificar o nervosismo, que já é forte por conta do cenário político.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ambiente no exterior deve garantir um dia bastante nervoso no mercado financeiro hoje. A notícia do dia, além do jogo do Brasil, é a fraude nos balanços da WorldCom, empresa norte-americana que controla a Embratel. Essa notícia promete agravar nos mercados internacionais a crise de confiança e já está provocando queda forte do dólar frente a outras moedas fortes (euro e iene, por exemplo). Veja mais informações no link abaixo. Por aqui, o aumento da aversão ao risco deve intensificar o nervosismo, que já é forte por conta do cenário político. Hoje, às 10h32, o risco país voltou a subir e estava em 1.745 pontos base, contra 1.618 ontem. Já o C-Bond recuava 3,93% no início da manhã. Ontem, surgiu o rumor de que Anthony Garotinho poderia desistir de sua candidatura e apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Esse comentário fez o mercado alterar a primeira avaliação, que havia sido positiva, a respeito da pesquisa divulgada ontem pela Vox Populi, que apontou crescimento de um ponto de José Serra e queda de dois pontos de Lula. Por conta disso, e de fluxo negativo de recursos, o dólar encerrou em forte alta ontem. Os juros futuros até recuaram um pouco, mas nada que indique reversão do mau humor. Para hoje, a expectativa é que a piora do noticiário externo atinja diretamente os negócios por aqui. Às 11h00, o dólar comercial estava sendo cotado a R$ 2,8520, com alta de 0,96% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começa a operar às 12h. Por falta de sinal da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as taxas dos contratos futuros de juros não estão sendo divulgadas. O mercado doméstico aguarda ainda a divulgação da ata do Copom, prevista para as 13h30, que deverá explicar as razões da decisão do comitê de manter inalterada a taxa referencial da economia, a Selic, com viés de baixa. Alguns analistas interpretaram que o viés de baixa estaria relacionado à possibilidade de o dólar recuar. A expectativa é que o documento esclareça, oficialmente, a razão desse viés. Outro evento esperado é a reunião do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), que reavaliará a taxa básica de juros norte-americanos. Atualmente, os juros estão em 1,75% ao ano e a maioria dos analistas aposta em manutenção desse patamar. Segundo eles, a economia do país ainda não dá sinais suficientes para que o Fed possa elevar novamente os juros do país. Por lá, as bolsas abriram em forte queda devido ao noticiário sobre a fraude nos balanços da WorldCom. Às 11h22, o Dow Jones - índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava em queda de 1,54%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - estava em queda de 2,12%.

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