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Piora nos EUA sustenta dólar acima de R$ 1,80

Resultado ruim do Citigroup e preocupações com o recorde do petróleo pioraram o clima em Wall Street

Foto do author Silvio Cascione
Por Silvio Cascione e da Reuters
Atualização:

O dólar acompanhou a forte queda nas bolsas de valores norte-americanas e fechou em alta nesta segunda-feira, 15, mantendo o patamar de R$ 1,80. A moeda norte-americana subiu 0,44%, para R$ 1,815. Em outubro, porém, o dólar ainda acumula queda de 1,09%. A sexta-feira positiva nos mercados internacionais deu impulso para a baixa do dólar no começo do dia, que recuperou o descompasso causado pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida. Junto com o fluxo cambial, esse embalo externo fez o dólar ser cotado abaixo de R$ 1,80 pela segunda sessão consecutiva. O clima, no entanto, piorou mais tarde em Wall Street. Os principais índices operaram em forte queda por conta do resultado ruim do Citigroup e de preocupações com o recorde do petróleo e a estabilidade dos mercados de crédito. "Teve uma realização (de lucros), e é natural que com isso tenha uma fuga de (ativos de maior) risco" como os brasileiros, disse Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez. A cautela no mercado de câmbio se justificou ainda devido à semana carregada de eventos. Nos Estados Unidos, há uma série de resultados corporativos, além da divulgação de um importante índice de inflação. No Brasil, a quarta-feira reserva a decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros. Voss citou também o leilão de compra de dólares, realizado no final da manhã pelo Banco Central, como justificativa para a virada do dólar. Na operação, a autoridade monetária definiu taxa de corte a R$ 1,7980 e aceitou, segundo um operador, ao menos sete propostas. As compras, que foram retomadas na semana passada após uma pausa de quase dois meses, devem voltar a surtir efeito sobre as reservas internacionais. Nas últimas semanas, o saldo do País oscilou pouco acima do patamar de US$ 160 bilhões.

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