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Pirelli reduz salário e mantém nível de emprego

Por Gustavo Uribe
Atualização:

Os 2,3 mil funcionários da Pirelli Pneus em Santo André, no ABC paulista, aprovaram na segunda-feira à noite acordo com o Sindicato dos Borracheiros de São Paulo para evitar mais demissões na empresa. Na sexta-feira, 11 funcionários foram dispensados em decorrência, segundo a empresa, dos altos estoques, o que deflagrou uma greve que durou até a noite de segunda-feira. O acordo reduz por dois meses (abril e maio) a jornada de trabalho em 14% e os salários em 10%. Para compensar a queda nas remunerações, a Pirelli vai antecipar a segunda parcela do décimo terceiro salário. Segundo o presidente do sindicato, Teresinho Martins da Rocha, a resolução garante quatro meses de estabilidade aos funcionários. "Até julho, haverá estabilidade de emprego em tempos de crise. Entretanto, caso os reflexos da recessão continuem, teremos de sentar com os diretores e negociar novamente", afirmou. O sindicalista comemorou o acordo, melhor que a proposta inicial da empresa de redução de 20% da jornada e 11% nos salários. A Pirelli não é a única no setor de pneus afetada pela crise. Na semana passada, a Bridgestone Firestone fechou acordo com o sindicato para a aprovação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Os estoques estão elevados e a empresa acredita que ao menos 10% dos 3,3 mil funcionários devem aderir ao programa.

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