PUBLICIDADE

Publicidade

Pista principal de Congonhas é reaberta

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A pista principal do aeroporto de Congonhas voltou a operar nesta sexta-feira, depois de ficar dez dias fechada em decorrência do pior acidente aéreo do país, provocado quando um Airbus A320 da TAM tentou sem sucesso pousar e explodiu ao se chocar com prédios, matando cerca de 200 pessoas. Apesar de fechar por dois períodos, a pista funcionou normalmente, segundo a Infraero. Às 19h, operando por instrumentos devido à falta de visibilidade, das 211 partidas programadas, 47 foram canceladas e apenas duas tinham atraso. Segundo a Infraero, o primeiro pouso, às 12h23, foi de um Airbus da TAM, vindo de Florianópolis. Logo após a abertura, porém, a torre de controle do aeroporto solicitou o Notan (Notes Air Man), documento que libera a operação da pista, mas ainda não estava disponível, informou um assessor da Infraero. Cerca de seis minutos depois, foi reaberta. À tarde, outra vez foi fechada por 17 minutos, às 16h40, para vistoria dos técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) das ranhuras que estão sendo feitas no solo. O trabalho de grooving --pequenas ranhuras que ajudam no escoamento da água em dias de chuva-- começou esta semana, seguirá pelas madrugadas e só deve terminar entre 20 e 45 dias, segundo a Infraero. Por isso, nos dias de chuva, a pista deverá ser fechada. A canaleta na cabeceira da pista, destruída no acidente e que acabou provocando um deslizamento de terra na segunda-feira, também não foi reparada. Mas, segundo a Infraero, o problema foi resolvido temporariamente com lonas e um novo desvio de água. De manhã, o novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, percorreu a trajetória da aeronave da TAM que não conseguiu parar na pista na semana passada. O ministro estava acompanhado do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Recém-empossado, Jobim passou cerca de 40 minutos vistoriando a pista e andou até o local do acidente, atravessando a avenida Washington Luis. A pista principal, de quase 2 mil metros, passou por uma reforma de 45 dias e foi liberada pouco mais de duas semanas antes do acidente. Desde então, foi fechada para investigação da Polícia Federal. Congonhas passou a operar apenas com a pista auxiliar, que, apesar de ter o grooving, é menor e tem restrições de tamanho e pesos de aeronaves. Nos outros principais aeroportos do país, dos 1.112 vôos programados até as 15h, apenas 127 (11,4 por cento) registravam atrasos de mais de uma hora e 133 foram cancelados (11,9 por cento), segundo a Infraero. No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, dos 105 vôos programados até as 15h, 18 estavam atrasados e 14 foram cancelados. Em Brasília, das 75 partidas programadas, 12 estavam atrasadas e três foram canceladas. (Por Fernanda Ezabella e Denise Luna, colaboração de Maurício Savarese)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.