Planalto tenta manter distância das polêmicas no Rio
Governo federal não tem mais como socorrer o Rio
Por Vera Rosa
Atualização:
No Rio, manifestantes invadem a Alerj em protesto contra pacote anticrise
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Manifestantes invadem a Assembleia Legislativa do Rio
Manifestantes tomaram o plenário e estavam sentados nas cadeiras do presidente, Jorge Picciani (PMDB), e de outros deputados. Também as galerias do se... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Ocupação
Deputados e o presidente Jorge Picciani (PMDB)não estavam na Alerj no momento da invasão, apenas funcionários. Alguns deles conseguiram deixar o prédi... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Sinalizador
Durante a invasão ao plentário, um sinalizador de fumaça foi aceso. Foto: Fábio Motta/Estadão
Manifestantes quebram tapumes
O protesto começou no fim da manhã desta terça-feira, 8, de maneira pacífica, mas acabou se acirrando por volta das 14h20, quando servidores públicos ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Protesto na rua
A manifestação reuniu servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, bombeiros e representantes de penitenciárias, que se organizaram por meio do Fa... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Multidão
O Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio estima que o protesto tenha reunido cerca de 5 mil pessoas. Foto: Fabio Motta/Estadão
Servidores manifestam contra pacote anticrise
Composto de 22 projetos de lei, o plano foi enviado à Alerj na sexta-feira, 4, e inclui iniciativas impopulares, como a elevação da contribuição previ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Policiais Militares, civis, bombeiros e inspetores participaram da manifestação
O protesto foi organizado por meio de redes sociais e reúne servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e inspetores de penitenci... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
Ruas fechadas
Dado o grande número de manifestantes, a Rua Primeiro de Março, uma das principais do centro do Rio, foi fechada ao tráfego de veículos. Foto: Fábio Motta/Estadão
Quebradeira
O gabinete da vice-presidência foi todo destruído. Foto: Fabio Motta/Estadão
Calamidade Pública
O Rio decretou calamidade pública em decorrência da crise financeira no dia 17 de junho, dois meses após a primeira decisão judicial que bloqueou recu... Foto: Fabio Motta/EstadãoMais
A equipe do presidente Michel Temer tenta manter distância do pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo fluminense para enfrentar a crise econômica. A ordem no Palácio do Planalto é não puxar nova agenda negativa para o governo, no momento em que Temer faz de tudo para aprovar medidas polêmicas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos Públicos, hoje em tramitação no Senado.
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Entre as medidas anunciadas pelo governador Luiz Fernando Pezão, que ainda precisam ser aprovadas na Assembleia Legislativa, estão o fim de programas sociais e a elevação de impostos, incluindo o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, que terão pelo menos 30% dos salários descontados por seis meses.
Em conversas reservadas, ministros do núcleo político afirmam que o Planalto já fez tudo o que podia fazer pelo Rio, como nas Olimpíada, quando Temer – então presidente interino – autorizou um repasse de R$ 2,9 bilhões para o Estado. O empréstimo, a fundo perdido, foi feito para ajudar nas despesas com segurança pública, por causa dos jogos.
Um auxiliar de Temer disse ao Estado que, agora, o governo federal não tem mais como socorrer o Rio. Observou, ainda, que o presidente tem “problemas demais” para resolver e não vai se intrometer em assuntos “domésticos”. Na prática, porém, Temer luta para “distensionar” o ambiente político e econômico, como ele mesmo afirmou na segunda-feira, e não para levar ao Planalto mais um dramático capítulo da tesourada nas contas públicas e do corte de direitos sociais.