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Planilhas virtuais são opção recomendável para organizar o orçamento

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Por Redação
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Sei que as pessoas interessadas em organizar a vida financeira precisam fazer um orçamento, para deixar tudo organizado, não ficar no negativo e até poder fazer investimentos. Faço esse orçamento manualmente, em um caderno. Mas agora me deparo com um problema: anoto todos os gastos, são muitos detalhes e acabo me perdendo. Há uma dica para facilitar essas anotações?Utilizar uma planilha dedicada a organização do seu orçamento é algo bastante recomendável. Há a possibilidade de se utilizar softwares online para a organização dos gastos. O mercado oferece, inclusive de forma gratuita, algumas planilhas muito úteis. No entanto, o importante é levar a frente o controle orçamentário, mesmo que seja no seu caderno. Uma dica para você não se perder é organizar o seu orçamento em grupos de gastos. Por exemplo: alimentação, telefone, escola, combustível, transporte. Como devo lançar as compras feitas no cartão de crédito na minha planilha de orçamento? Devo separar pelos produtos comprados ou fazer um item específico só para o cartão de crédito?O cartão de crédito é somente um meio de realizar pagamentos, não se trata do gasto em si. O que deve ser anotado no seu orçamento é o gasto, ou seja o produto comprado. Um controle mais sofisticado pode conter a forma como esse item foi pago ou será pago. Vamos tomar um exemplo. Você comprou uma blusa pelo valor de R$ 50. No seu orçamento deverá ser anotado no grupo "vestuário" um item "blusa" com o gasto de R$ 50. Uma coluna pode ser adicionada na planilha para ser anotado se o pagamento foi a vista ou a data de quitação daquela dívida. Por outro lado, você deve manter outro controle que pode ser denominado "Contas a Pagar", onde serão controladas todas as dívidas, com valores, data de vencimento e tipo de cobrança, exemplo "cartão de crédito". Este tipo de controle é essencial para que você não incorra em atrasos, arcando com multas e juros de mora. Assim, você também terá um instrumento que permitirá organização dos períodos do mês em que você terá necessidade de maior volume de recursos ou quanto deverá ser guardado. Vou receber uma rescisão contratual no valor de R$ 30 mil. Gostaria de ter algumas dicas sobre onde investir esse dinheiro. Tenho 28 anos e trabalho com salário fixo, O senhor sugere?Primeiramente, parabéns porque você ainda é novo e tem a preocupação com o futuro, receberá um bom dinheiro e em vez de pensar em consumo pensou em poupança. O primeiro passo é você organizar o seu orçamento. Estabeleça objetivos. Esses objetivos devem ser quantificados e datados - prazo que você pretende atingir os objetivos. Preparado o seu orçamento ficará mais fácil saber quanto você poderá acrescentar à sua poupança mensalmente. Como (pela sua pergunta) esse valor é o total que você tem para aplicação, a sugestão inicial é que você não corra muitos riscos. Aplicações de baixo risco e que são muito adequadas para quem está começando a investir é a Caderneta de Poupança, o Tesouro Direto e os fundos de Renda Fixa. A indicação exata dependerá dos prazos e dos tipos de objetivos que você estabelecer. A dica é que você busque conhecer sobre os diversos tipos de aplicações que o mercado oferece para que sua decisão seja firme. Tenho dinheiro aplicado em um plano de previdência VGBL desde 2004. Não tenho mais interesse em continuar contribuindo para o referido plano, pois entendo que a taxa de carregamento e o baixo rendimento do plano não compensam o investimento. Pergunto: é errado retirar todo o dinheiro aplicado para tentar algo mais rentável? O pagamento do IR relativo aos rendimentos que tive no VGBL compensaria um futuro ganho em outras aplicações?Pensar na portabilidade de um plano de previdência para outro não é errado. A portabilidade é um instrumento que permite ao investidor transferir os recursos aplicados de um plano de previdência para outro que possibilite obter menores custos e/ou melhor desempenho. O período mínimo para que seja possível a portabilidade é de 60 dias. Não é possível mudar o tipo de plano de previdência, ou seja, não é possível a portabilidade entre um PGBL para VGBL, por exemplo. Mas, algumas considerações devem ser feitas para que você possa tomar essa decisão. Leia com atenção o prospecto do plano que você pretende transferir sua aplicação, para verificar se você aceita o grau de risco do novo plano. Como sua aplicação vem desde 2004, a faixa tributária encontra-se em 15%, assim, programe-se para somente sacar recursos daqui a dois anos, para dessa maneira retornar à mesma faixa tributária para saques. Verifique também, se no plano atual não está prevista taxa de saída. Por outro lado, alguns planos oferecem repor esse valor para receberem a transferência.FÁBIO GALLO É PROFESSOR DE FINANÇAS DA FGV E DA PUC-SP

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