PUBLICIDADE

Publicidade

Plano de Bush para hipotecas depende de reformas

Ele quer solução para o código tributário para ajudar os donos de residências a refinanciarem suas hipotecas

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

Ladeado pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o secretário de desenvolvimento urbano e habitação, Alphonso Jackson, o presidente Bush pediu que os congressistas reformem a administração federal de habitação (FHA, Federal Housing Administration), o código tributário para proprietários de imóveis e confiram maior transparência ao mercado de hipotecas.   Veja também:  Cronologia da crise financeira  Fed está pronto a agir se crise afetar economia, diz Bernanke Com ajuda de Bush, Bolsa zera perdas de agosto Bolsas européias fecham em alta após anúncio de Bush O presidente quer permitir que a FHA garanta empréstimos para tomadores que estão pelo menos 90 dias em atraso com seus pagamentos de hipotecas, uma mudança regulatória que permitiria que devedores com problemas permaneçam em suas casas. "Isto significa que muitas famílias que estão enfrentando problemas agora poderão refinanciar seus empréstimos, fazer seus pagamentos mensais e manter suas casas", disse Bush. Ele pediu uma solução temporária para o código tributário para ajudar os donos de residências a refinanciarem suas hipotecas e evitar impostos inesperados. Atualmente, as pessoas que refinanciam hipotecas depois do declínio do valor das residências enfrentam um aumento na renda tributável. "Quando sua casa está perdendo valor e sua família está sob estresse financeiro, a única coisa de que você não precisa é ser atingido por impostos mais altos", disse Bush. "Portanto, acredito que precisamos mudar o código, tornar mais fácil para as pessoas refinanciarem suas casas e continuar nelas." Pressão A Casa Branca disse que as novas iniciativas não representam um resgate governamental dos proprietários de casas, uma idéia à qual Bush se opõe. Os congressistas, no entanto, têm pressionado o governo a lidar com o problema do aumento da inadimplência e da execução de hipotecas, que desencadeou a recente turbulência nos mercados financeiros. Alguns querem que Bush permita que as agências patrocinadas pelo governo Fannie Mae e Freddie Mac aumentem suas carteiras de hipotecas, mas a idéia tem sido rejeitada pela Casa Branca. "O governo tem um papel a desempenhar. Mas é limitado", disse Bush. "Um resgate federal dos financiadores só estimularia a recorrência do problema. Não é função do governo resgatar especuladores ou aqueles que tomaram a decisão de comprar uma casa que não tinham condição de pagar. Há muitos proprietários de residências americanos que podem superar este período difícil com um pouco de flexibilidade de seus credores ou uma pequena ajuda de seu governo." Bush disse que o "recente distúrbio" no setor de crédito imobiliário de alto risco é modesto em relação ao tamanho da economia dos EUA. "Mas se sua família é uma daquelas que enfrenta problemas para fazer os pagamentos mensais, este problema não parece de forma alguma modesto". Limites Enquanto a Casa Branca enviou aos proprietários de residência uma mensagem de que a ajuda está a caminho, o impacto prático deverá ser limitado. Há limites ao tamanho dos empréstimos que a FHA pode garantir e outras normas que afetam os tomadores de crédito. O governo está apresentando um projeto para eliminar a exigência de um pagamento de 3% e aumentando o tamanho dos créditos que a FHA pode garantir para US$ 417 mil, mas o Congresso ainda precisa agir este ano. "Estas reformas permitiram que a FHA atinja famílias que precisam de ajuda, aquelas com baixa renda e histórico de crédito menos do que perfeito ou poucas economias", disse Bush. As informações são da agência Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.