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Plano de Safra terá R$ 107,2 bilhões em recursos

Este é o valor destinado à agricultura empresarial. Novidades são linhas de financiamento para cana, pecuária e citricultura

Por Anne Warth e
Atualização:

Linhas de financiamento para a citricultura, pecuária e cana-de-açúcar foram as novidades do Plano Agrícola e Pecuário anunciadas na sexta-feira, em Ribeirão Preto (SP), pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. No total, o governo vai liberar R$ 107,2 bilhões em financiamentos, a partir de 1.º de julho, quando se inicia oficialmente a safra 2011/2012. Este valor é 7,2% maior que os R$ 100 bilhões destinados em 2010/2011 e deve garantir uma produção de 169,5 milhões de toneladas de grãos. Com os R$ 16 bilhões da agricultura familiar, o total de recursos vai para R$ 123,2 bilhões.Na visão de Rossi, os R$ 300 milhões disponibilizados para a indústria de suco de laranja adquirir a fruta para estocar o suco "minimizam o relacionamento conflituoso entre a indústria e citricultores". Na cana, a linha de financiamento é para renovação de canaviais, na proporção de R$ 1 milhão por safra, para renovar 20% dos canaviais. Na pecuária, o financiamento vai para retenção de matrizes bovinas e, principalmente, a renovação de pastagens, o que deve aumentar a produtividade. "Queremos sair de 1,2 cabeça por hectare para até 3 cabeças por hectare em dez anos. Isso muda o patamar do plantel e libera terra para a agricultura." Por fim, Rossi destacou a ampliação da linha de financiamento para o médio produtor, para até R$ 700 mil. "Queremos que o produtor médio tenha acesso aos meios para ser grande produtor", disse. PRINCIPAIS PONTOSAgricultura empresarialRecursos serão de R$ 107,2 bilhões nesta safra.Programa ABCGoverno mantém programa de Agricultura de Baixo Carbono, que agora incorpora o Produsa e o Propflora e terá R$ 3,15 bilhões em recursos.ComercializaçãoPara apoio à comercialização o governo disponibilizou R$ 5,2 bilhões para aquisições diretas e equalização de preços.Preços mínimosCom exceção do milho e do feijão, os preços mínimos das demais commodities foram mantidos. Produtos regionais, no entanto, como juta, malva e mamona, foram reajustados.

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