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Plantio de arroz já supera 50% da área no RS, diz Conab

Por EQUIPE AE
Atualização:

O plantio de arroz se desenvolve dentro da normalidade em todas as regiões produtoras do País. No Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, o plantio já supera a casa dos 50% da área prevista, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu segundo levantamento de intenção de plantio da safra 2013/14, apresentado hoje. Segundo a Conab, no Rio Grande do Sul, apesar de um certo atraso provocado pelas chuvas em excesso, 39% da área plantada se encontra entre germinação e desenvolvimento vegetativo (61%). "Mas o plantio deve ser concluído totalmente dentro do período recomendável", estima a Conab.A área com arroz deve permanecer praticamente a mesma da temporada anterior, algo em torno de 0,7% de variação, ou seja, repetindo os 2,4 milhões de hectares.A produção nacional do cereal deve aumentar de 2,1% a 4,8% em relação à safra anterior, com uma perspectiva de alcançar entre 12,0 milhões e 12,3 milhões de Toneladas. "Sempre existe a expectativa de melhora na produtividade mas, por conta da boa qualidade do plantio entre os principais Estados produtores, os números conduzem a um aumento na produção", justifica a Conab. FeijãoA área de feijão primeira safra em 2013/14 está estimada entre 1,17 milhão e 1,21 milhão de hectares, representando crescimento entre 3,9% e 8,0% em relação à safra passada. Com exceção de Minas Gerais, todos os demais e principais Estados produtores sinalizam plantio em área maior do que na cultivada na safra anterior, informa a Conab, na segunda pesquisa de intenção de plantio da safra 2013/14.Conforme a Conab, "Apesar dos altos riscos inerentes à produção de feijão, somados às dificuldades na comercialização, os bons preços têm pesado na hora de decidir o que plantar".A produção nacional para o feijão da primeira safra é estimada em 1,20 milhão e 1,25 milhão de toneladas, representando um acréscimo entre 24,8% e 29,4%.Aproximadamente 48,2% da produção do feijão primeira safra é realizada na Região Sul, considerando a safra passada, com destaque para o Paraná. A região Sudeste responde por 29% do total, com destaque para Minas Gerais e São Paulo. O Centro-Oeste participa com 12,7%, principalmente em Goiás. A Região Nordeste representa 9,6%, com destaque para Bahia e Piauí.A Conab explica que, para o feijão segunda e terceira safras, em virtude do calendário de plantio e da metodologia aplicada nas estimativas, foram repetidas as áreas da safra anterior, e aplicado o rendimento médio dos últimos cinco anos, descartando os anos atípicos e agregando-se o ganho tecnológico.Desse modo, considerando as três safras, estima-se que a área total de feijão poderá alcançar 3,15 milhões a 3,20 milhões de hectares, maior em 1,4% até 2,9% do que a safra passada. A produção nacional de feijão deverá alcançar entre 3,21 milhões e 3,25 milhões de toneladas, 13,3% a 14,8% maior do que na safra 2012/13.Trigo A produção nacional de trigo para o exercício 2013/14 deverá alcançar 4,814 milhões de toneladas, representando um incremento de 9,9% em relação à safra passada. O resultado é fruto do aumento de 15,1% na área plantada, informa também a Conab.Segundo ela, em virtude de uma série de intempéries climáticas, como seca no plantio, geadas e chuvas em excesso em período crítico da lavoura, além de vendavais e granizo, estima-se que houve perda de 1 milhão de toneladas, comparativamente às previsões iniciais. Por isso, "o abastecimento nacional estará muito ajustado, com estoques de passagem extremamente baixos, quando deveriam ser equivalentes a um mês de consumo".De acordo com a Conab, no ano-safra que terminou em 31 de julho passado, as importações foram de 7,01 milhões de toneladas de trigo, representando despesa de US$ 2,2 bilhões. As exportações foram de 1,68 milhão de toneladas, rendendo ao País US$ 498,6 milhões.Para o período 2013/14, prevê-se a necessidade de importação da ordem de 6,7 milhões de toneladas do cereal, 4,4% menor que a do ano anterior. A moagem industrial poderá evoluir para 10,5 milhões de toneladas e o consumo de sementes para 327 mil toneladas, por causa do aumento da área cultivada. Dessa forma, a demanda por trigo em grão no País deverá elevar-se para 10,8 milhões de toneladas.

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