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Plásticos ficarão mais caros em outubro

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir de 1º de outubro a indústria petroquímica deverá aumentar os preços das resinas termoplásticas. O reajuste entre 8% e 10% é provocado pela alta do preço da nafta, que saltou de US$ 214 em agosto para US$ 254 a US$ 270, nos últimos 15 dias, e a contínua desvalorização do real ante o dólar. A nafta, um derivado do petróleo da qual se extraem matérias-primas petroquímicas como eteno, propeno, benzeno, xileno e outros itens, é cotada conforme a oscilação do óleo cru e a variação da moeda americana. O aumento de preços estava previsto para setembro, mas negociações da indústria de transformação de plásticos com o segmento petroquímico levaram ao adiamento, informou o presidente do conselho administrativo da Dixie Toga, Sérgio Haberfeld, há cerca de uma semana e meia. Devido à evolução dos preços das commodities, a indústria petroquímica agora se vê sem saída. A alta de preços no mercado interno, que na resina polipropileno será de 8% (acumulando reajuste de 24% a 25% no ano), não deverá causar recuo das compras, considera o diretor comercial da Polibrasil, José Ricardo Roriz Coelho. Isso porque os transformadores que têm dinheiro em caixa estão investindo em estoques, desde que a campanha à eleição presidencial começou a colocar em xeque a futura política econômica do País a partir de 2003. O outro forte motivo dos transformadores para não pararem de comprar suas matérias-primas básicas é a incerteza sobre os desdobramentos de um possível ataque dos Estados Unidos ao Iraque. Analistas de mercado prevêem que se os ataques ocorrerem, serão no curto prazo, devido às ameaças e ações do presidente norte-americano. O conflito elevará os preços do petróleo e com isso o da nafta, causando ainda maior alta na cotação dos plásticos em todo o mundo. A cotação da nafta em torno de US$ 270 lembra a alta que o insumo petroquímico teve no ano passado, um dos piores para o segmento, porque o preço das resinas não acompanhavam a alta do custo da matéria-prima. Neste ano, as petroquímicas deverão sentir impacto menor das oscilação da nafta, já que as cotações das resinas termoplásticas vêm se recuperado desde janeiro deste ano. Em 2001, a cotação dos plásticos chegou ao fundo do poço comparativamente a outros anos da década, com desvalorização de 20% a 40% ante o preço normal, em alguns casos. Leia mais sobre o setor de Química e Petroquímica no AE Setorial, o serviço da Agência Estado voltado para o segmento empresarial.

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