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Plataforma da Petrobras retoma produção após acidente

Estatal apura causas da explosão que matou um funcionário; petroleiros preparam protesto para dia 12

Por Kelly Lima e da Agência Estado
Atualização:

A Petrobras retomou a produção na plataforma P-34, que registrou um acidente na noite do último domingo, matando um trabalhador e ferindo outros dois. Depois de adiar por pelo menos mais uma vez a retomada da produção, a estatal conseguiu acionar a plataforma na noite de quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da companhia. A P-34 foi inaugurada no final de 2007 e se tornou emblemática em setembro de 2008, quando foi conectada ao primeiro poço em reservatório do pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos.   A Petrobras constituiu uma comissão técnica para apurar as causas do acidente. Segundo a estatal, houve um defeito em uma válvula que provou a explosão matando o funcionário que prestava serviço na plataforma. O caldeireiro William Robson Vasconcelos, de 28 anos era contratado da UTC Engenharia.   Em nota distribuída nesta sexta à imprensa, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) criticou a postura da Petrobras em relação ao acidente e informou estar preparando uma semana de protesto contra a empresa, a partir do dia 12 de janeiro.   "À semelhança do acidente ocorrido na Bacia de Campos, no ano de 2008 - quando a empresa declarou que o helicóptero que caiu matando 4 pessoas, fizera um pouso forçado - a Petrobrás continua tentando esconder a veracidade do acidente e afirma que a tragédia da P-34 foi causada por uma "falha na válvula", o que na verdade foi um erro na avaliação de risco", acusou a FUP. A Petrobras não comentou a nota da Federação.   Ainda segundo a FUP, na última terça, sindicalistas se reuniram com o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrela e vários gerentes da área para solicitar um embarque na P-34, afim de verificar as condições de segurança da plataforma.   "O diretor hostilizou a direção da Federação, vetou o embarque, alegou que já existe uma Comissão constituída para a análise do acidente e indicou outros caminhos que garanta o embarque, ou seja, a Justiça", diz a nota. O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo e a FUP já haviam manifestado protesto contra a continuidade das operações da P-34. Segundo eles, a unidade exige uma parada para manutenção e isso não estaria ocorrendo por conta da pressão da companhia por manter o ritmo de produtividade.

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