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Polaroid volta a pedir concordata

Grupo sofre com fraude de controlador

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Por Redação
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O grupo Polaroid, célebre por ter inventado as câmeras fotográficas instantâneas, anunciou que teve de recorrer à lei americana de falências para facilitar sua reestruturação financeira, depois de uma suposta fraude cometida pelo seu controlador. O capítulo 11 da lei de falências permite que uma empresa em dificuldades financeiras inicie uma reestruturação sob supervisão de um juiz. A Polaroid explicou que precisou declarar concordata por causa da repercussão dos problemas do fundo americano Petters Group Worldwide, que comprou seu controle em 2005, depois de a empresa ter declarado uma primeira concordata, em 2001. Criada em 1937 graças à invenção de um jovem americano de 20 anos, a Polaroid se transformou numa das marcas mundiais mais conhecidas depois da Segunda Guerra Mundial. O grupo se endividou muito no final dos anos 1980, para resistir a uma oferta de compra hostil. Também perdeu muito dinheiro investindo, sem êxito, em novos produtos. A Polaroid, na verdade, foi atropelada pelo avanço da fotografia digital no mundo, que tornou, de certa forma, obsoleta a fotografia instantânea. A companhia afirmou que vai continuar a operar normalmente, mesmo com o pedido de concordata. O Petters Group e sua unidade de capital de risco Petters Co. Inc. apresentaram em outubro um pedido de concordata próprio, depois que uma investigação federal em relação a um esquema de fraude de US$ 3 bilhões levou ao fundador da companhia, Tom Petters. O empresário está preso, e sustenta que é inocente. Mas vários de seus executivos já confessaram ter participado do esquema.

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