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Polícia Federal monta grupo de peritos para o caso Kroll

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal montou, nesta sexta-feira, um grupo de elite, com técnicos de vários órgãos especializados em finanças, para analisar todas as operações do Banco Opportunitity no Brasil e no exterior. Integram o grupo peritos da própria PF e do Ministério Público, e auditores fiscais da Receita Federal, do Banco Central e da Previdência. Em depoimento sigiloso prestado na sexta à PF por cerca de quatro horas, o empresário Luis Roberto Demarco informações que servirão de roteiro para as investigações sobre crimes financeiros e outras fraudes atribuídas ao Opportunity. "Vim trabalhar para o bem", disse Demarco ao Estado. O material a ser periciado integra o arsenal de uma tonelada de documentos e provas que a PF recolheu em 16 buscas realizadas quarta-feira, em São Paulo, Rio, Paraná e Brasília, como parte da Operação Chacal. A investigação apura a denúncia de espionagem ilegal que a empresa de auditoria Kroll Associates, com sede nos Estados Unidos, teria feito no Brasil a pedido da Brasil Telecom. O objetivo da Kroll era bisbilhotar os sócios de Daniel Dantas na empresa de telefonia e outros concorrentes. A Polícia já tem provas de que Demarco foi espionado de várias formas durante longo tempo pela Kroll. Ele teve os telefones grampeados, foi alvo de filmagens, sofreu escuta ambiental e teve e-mails violados, inclusive com mensagens que trocou com integrantes do governo federal. Nos dados analisados até agora, não foi encontrada qualquer evidência de que o ministro José Dirceu tenha sido um dos espionados. O ministro da Comunicação de governo, Luiz Gushiken, também foi investigado antes de assumir o cargo.

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