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População de baixa renda é a mais penalizada pela alta da inflação, alerta IBGE

Índice que mede a variação de preços para famílias com renda de um a cinco salários mínimos já acumula alta superior a 10%

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - A inflação oficial, medida pelo IPCA, se afasta cada vez mais da meta do governo, mas é no bolso das famílias de baixa renda que os aumentos de preços têm pesado mais. 

A taxa de 10,33% acumulada nos 12 meses até outubro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi bastante impactada pelo encarecimento dos alimentos, energia e gás de cozinha, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"O INPC, nos doze meses (acumulados até outubro), já passou dos dois dígitos. Quando a inflação aumenta, todo mundo é penalizado. Mas a população de renda mais baixa está sendo mais penalizada", avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Os produtos alimentícios subiram 0,80% em outubro, enquanto os itens não alimentícios tiveram alta de 0,76%. O peso da alimentação no cálculo do INPC é de 30,31%, enquanto que no IPCA é de 24,92%.

"O gás de cozinha aumentou muito também. A pressão de gás de botijão sobre a população de baixa renda é muito forte. Tem também transportes, ônibus, energia", citou Eulina.

O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

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