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Portucel analisa fábrica de celulose e papel na AL ou África

Maior produtora europeia do setor anunciou acordos preliminares com os governos do Uruguai e Moçambique

Por Reuters
Atualização:

A Portucel está analisando possíveis locais para a instalação de uma fábrica de celulose e papel na América Latina ou na África, segundo informou uma fonte oficial da empresa. Em agosto, a Portucel, maior produtora europeia de celulose branqueada de eucalipto, havia anunciado acordos preliminares com os governos do Uruguai e de Moçambique para possível implantação de uma fábrica. Nesta quarta-feira, o jornal Público, citando a primeira-ministra de Moçambique, informa que a Portucel está em vias de concluir as negociações com o governo para a compra de 200 mil hectares de terrenos para plantação de eucalipto e construção de uma fábrica. "O grupo segue no processo de análise das possibilidades de expansão internacional na América Latina e África", disse fonte oficial da Portucel à Reuters. A fonte salientou que a análise implica "investimentos muito exigentes, tanto do ponto de vista financeiro como técnico, que requerem um conjunto vasto e complexo de condições que garantam a sua viabilidade". Os acordos preliminares previam, no caso do Uruguai, uma unidade fabril com capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas e, em Moçambique, se o investimento se concretizar, seria instalada uma fábrica com capacidade anual não inferior a 1 milhão de toneladas. No final de 2008, o presidente do conselho da empresa, Pedro Queiroz Pereira, reiterou o objetivo de estabelecer uma nova fábrica no Brasil, Uruguai ou Moçambique após 2010, apesar da crise financeira. Naquela época, Pereira disse que a decisão acerca da localização da base florestal seria tomada em 2010 e, até lá, se desenrolariam as negociações com os governos do Uruguai, Moçambique e Brasil. "Não há fatos novos e significativos e nada temos a acrescentar", ressaltou a fonte da Portucel. A companhia está entre os cinco maiores produtores europeus de papés finos. "Uruguai e Moçambique são os dois países em que as negociações podem estar mais avançadas", avaliou o analista do BPI José Rito, acrescentando que "se a Portucel entrar no Uruguai, vai ser o terceiro player, enquanto em Moçambique seria o primeiro, o que facilitaria o processo de compra de terras". "A nova fábrica é sempre um projeto de médio prazo, já que só deverá começar a produzir em 2014 ou 2015 e entrar em velocidade cruzeiro após um ano e meio", disse Rito.

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