
10 de dezembro de 2020 | 08h58
LISBOA - O governo de Portugal fez na noite de quarta-feira, 9, uma reunião extraordinária do conselho de ministros para definir um plano de reestruturação da companhia aérea TAP, cujo maior acionista é o Estado português, que prevê a injeção 1,6 bilhão de euros até 2024. O plano de socorro deve ser apresentado nesta quinta-feira, 10, à Comissão Europeia.
A TAP sofreu gravemente com as consequências econômicas da pandemia de covid-19, perdendo cerca de 9 milhões de passageiros de janeiro a setembro de 2020, o que representa uma queda de 70% no movimento normal.
Segundo jornais portugueses, está prevista a redução do quadro de pessoal em cerca de 3 mil funcionários, entre pilotos, tripulantes, trabalhadores de terra e contratos temporários que não serão renovados, além do corte de 25% no salário dos colaboradores.
O plano de reestruturação poderá reduzir a frota da TAP, atualmente com 101 aeronaves, para algo entre 13 e 16 aeronaves. Além do Estado português, são acionistas do grupo o empresário português Humberto Pedrosa (22,5%) e trabalhadores de empresas (5%).
A TAP registrou perdas de 582 milhões de euros no primeiro semestre, cinco vezes mais que no ano anterior.
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