20 de agosto de 2015 | 02h05
A estratégia é uma das iniciativas da Vaio para expandir seus negócios internacionalmente. A empresa, que já pertenceu à Sony, foi vendida no ano passado para um fundo de private equity. Depois de suspender a venda de computadores no exterior para se concentrar no Japão, a marca quer retomar sua presença em outras partes do mundo.
Nos Estados Unidos, a companhia planeja vender laptops nas lojas de varejo da Microsoft a partir de outubro. No Brasil, sua atuação se dará por meio da Positivo. A companhia brasileira terá linhas fabris para a produção de diversos modelos, uma equipe de pós-venda dedicada à Vaio e um time de marketing e vendas preparado para atender aos consumidores no País. A Vaio continuará responsável pelo desenvolvimento dos produtos. "Sua equipe de engenheiros e designers é reconhecida mundialmente pelo controle de qualidade em cada detalhe e funcionalidade, desenvolvendo computadores e tablets de design, usabilidade e durabilidade superiores", disse a Positivo em comunicado enviado ao mercado.
O contrato foi firmado após auditoria da Vaio nos processos produtivos, de pós-venda, comercial e de marketing da Positivo. "A assinatura do acordo foi realizada por atendermos todos os requisitos para produção e gestão local dos serviços de pós-venda, após uma imersão meticulosa em nossas unidades", afirmou, em nota, o presidente da Positivo, Hélio Bruck Rotenberg. "Enxergamos excelentes oportunidades, especialmente pela sinergia e complementaridade de portfólios."
No primeiro semestre, a receita líquida da Positivo Informática caiu 23,3%, para R$ 904 milhões. A empresa registrou prejuízo de R$ 28 milhões nos primeiros seis meses do ano, ante lucro de R$ 4,5 milhões no mesmo período de 2014.
Desafio. A Sony vendeu a Vaio ao fundo Japan Industrial Partners após uma luta mal sucedida de quase duas décadas para tentar se transformar num ator importante no mercado de computadores pessoais. Mesmo no Japão, a fatia de mercado da Vaio caiu para menos de 1%, segundo a empresa de pesquisas Euromonitor.
No mercado global, há saturação no setor de computadores pessoais como um todo, com contração de 11,8% no segundo trimestre, segundo a empresa de pesquisas IDC. O plano da Vaia é avançar em nichos e não atingir um mercado de massa como a Sony fazia.
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