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Possibilidade de quebra provoca queda das ações da Delta

Por Agencia Estado
Atualização:

A companhia aérea Delta Airlines, a terceira maior dos Estados Unidos, caia hoje 20% nas bolsas de Nova York ante a possibilidade de declarar quebra nesta semana. O desencadeante desta queda foi, segundo os analistas, a notícia publicada hoje pelo jornal financeiro The Wall Street Journal, que indica que a empresa poderia ir nesta semana à corte de proteção contra quebras para se aderir à Lei de Quebra. A companhia, que atravessa uma difícil situação econômica, precisa de US$ 1,7 bilhão de financiamento para manter sua atividade enquanto elabora um plano de ação que possa ser aprovado pelos credores, entre os quais se destaca a filial financeira da General Electric, segundo o jornal. Nos próximos dias, espera-se que se reúna o conselho de administração da empresa para aprovar o pedido de quebra, assim como o plano de refinanciamento. Problemas e medidas A situação financeira da Delta piorou nas últimas semanas devido, fundamentalmente, aos altos preços do petróleo, o que se uniu à dura concorrência das companhias de baixo custo, que pressionam os preços das passagens aéreas para baixo. Na semana passada, a Delta Airlines anunciou um amplo plano de reestruturação que contemplava a demissão de 1.000 trabalhadores, a venda de onze grandes aeronaves e o fim dos vôos a novos destinos fora dos EUA. Concretamente, a empresa reduzirá em 26% suas operações no aeroporto de Cincinnati-Northern Kentucky, seu segundo maior nó de embarque nos EUA, depois de Atlanta, onde trabalham os 1.000 empregados que perderão seus postos de trabalho. Junto com isso, a companhia venderá por US$ 190 milhões onze aeronaves Boeing 767-200 à empresa de carga ABX Air, que receberá os aviões entre este ano e 2008. A Delta, que tem 869 aeronaves operando, assinalou que vendia os aviões desse modelo por ser os que mais combustível consomem. Junto com estas medidas, a companhia aérea anunciou que aumentará suas rotas fora dos EUA em mercados rentáveis, para o que iniciará vôos de Atlanta a Manágua, Puerto Vallarta (México), Düsseldorf (Alemanha) e à ilha caribenha de Antígua.

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