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Possível guerra paralisa o mercado financeiro

Por Agencia Estado
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) movimentou apenas R$ 352 milhões neste primeiro dia útil de fevereiro, com o índice teórico fechando em queda de 0,28%. Os poucos negócios foram creditados à expectativa de que, na quarta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Collin Powell, prove a suposta má-vontade de o Iraque se desarmar e suas supostas ligações com a Al-Qaeda, de Osama Bin Laden. Outra expectativa está centrada na divulgação da meta de superávit primário para este ano. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse, em reunião com a bancada petista, que a meta será ligeiramente superior aos 4,06% do PIB registrados no ano passado. Analistas trabalham com um intervalo entre 4% e 4,5%. O mercado cambial operou sob forte volatilidade, que refletiu poucos negócios. O dólar comercial oscilou 2,31% no dia, entre a máxima de R$ 3,54 (+0,63%) e a mínima de R$ 3,46 (-1,65%). No fechamento, o dólar era vendido a R$ 3,515, baixa de 0,09%, pelo quarto dia útil consecutivo. No mercado futuro, apenas o dólar futuro janeiro de 2004 projetou ligeira queda de 0,28%, a R$ 3,870. Todos os demais contratos futuros de dólar negociados na BM&F indicaram altas de preços. O dólar março, por exemplo, estimou taxa de R$ 3,559 (+0,47%). A segunda-feira no mercado de juros foi marcada pela tranquilidade, pela falta de notícias relevantes e pelo fraco volume de negócios. Hoje, foram negociados, no total, apenas 81.783 contratos de DI futuro na BM&F, ante 101.860 da sexta. A inflação segue como outra preocupação para o mercado de juros doméstico, já que a desaceleração nas altas dos preços tem sido mais fraca do que o esperado. Por causa disso, o mercado acha que os juros permanecerão elevados por um bom tempo e já mudou sua previsão para a taxa Selic ao final deste ano. Pela nova pesquisa semanal do BC (Focus), o mercado já espera uma Selic de 20,5% no fim de 2003, 0,5 ponto porcentual superior à taxa estimada na pesquisa anterior.

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