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Possível recessão assombra EUA e dólar sobe pelo 3o dia

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Por Silvio Cascione
Atualização:

O dólar fechou em alta pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira, acompanhando mais uma rodada de pessimismo com a economia dos Estados Unidos nos mercados internacionais. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a 1,787 real, com valorização de 0,79 por cento. Em janeiro, o dólar agora acumula alta de 0,56 por cento. O dia começou relativamente tranquilo, com queda do dólar. Os investidores em todo o mundo aguardavam o discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, por novos sinais de como o banco central norte-americano vai se comportar diante da possibilidade de uma recessão. Os agentes foram surpreendidos, porém, pela forte retração da atividade industrial no Meio-Atlântico dos Estados Unidos em janeiro. O índice medido pelo Fed de Filadélfia caiu para -20,9 --abaixo de zero, o número significa contração-- e reforçou o medo de uma crise mais profunda. A notícia virou os mercados. Em Nova York, as bolsas passaram a cair mais de 1 por cento, e em São Paulo a Bovespa chegou a perder o patamar de 57 mil pontos, com baixa de mais de 3 por cento. O dólar repercutiu o susto dos estrangeiros, e passou a operar em alta durante a tarde. O próprio discurso de Bernanke não ajudou a animar os investidores. Ao comitê orçamentário da Câmara, ele disse que um pacote de estímulo entre 50 bilhões e 150 bilhões de dólares é razoável para ajudar os responsáveis pela política monetária a levantar a economia norte-americana. "(O mercado está) reagindo única e exclusivamente aos acontecimentos lá de fora", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, no Rio de Janeiro. A alta do dólar "é uma reação a risco... ele está extremamente volátil". Dados do BC divulgados na véspera detalharam os efeitos sentidos pelo mercado de câmbio. Por conta da crise externa, o país assistiu em 2008 à saída de 2,18 bilhões de dólares até 11 de janeiro. Mesmo com a instabilidade e a menor oferta de dólares, o BC repetiu sua atuação diária com o leilão de compra de moeda. A autoridade monetária definiu taxa de corte a 1,7844 real e aceitou, segundo operadores, ao menos uma proposta. (Edição de Cláudia Pires)

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