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Poupança tem maior captação líquida desde 2014

No último ano, os depósitos superaram as retiradas em R$ 17,126 bilhões, segundo o Banco Central; melhora decorre da gradual recuperação da economia e dos saques das contas inativas do FGTS

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Após dois anos de fuga da poupança durante a recessão econômica, as cadernetas voltaram a ter captação líquida positiva em 2017, quando os depósitos superaram as retiradas em R$ 17,126 bilhões. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o resultado foi alcançado graças ao desempenho de dezembro, que foi positivo em R$ 19,373 bilhões. 

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O resultado ocorreu na esteira da gradual recuperação da economia após dois anos de profunda recessão. Além disso, iniciativas como a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a liberação do PIS/Pasep para idosos ajudaram a aumentar os recursos disponíveis para os trabalhadores, em ano marcado por inflação baixa e juros também menores.

Poupança foi o segundo destino mais citado para os recursos extras do FGTS Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O último ano em que os depósitos haviam superado os saques da poupança foi 2014, quando a captação líquida chegou a R$ 24,033 bilhões. Após isso, com a crise econômica e a expansão do desemprego, os brasileiros retiraram das cadernetas R$ 53,567 bilhões em 2015 e R$ 40,701 bilhões em 2016 para conseguirem fechar suas contas mês a mês. 

O resultado positivo de 2017 decorre de depósitos totais de R$ 2,085 trilhões e saques totais de R$ 2,068 trilhões. A poupança vinha registrando retirada líquida de R$ 2,246 bilhões no ano até novembro, mas, em dezembro, os depósitos alcançaram R$ 208,604 bilhões e superaram com folga os saques de R$ 189,231 bilhões do mês passado.

O Banco Central informou ainda que o saldo total de recursos nas cadernetas encerrou dezembro de 2017 em R$ 724,603 bilhões. Os rendimentos da poupança no ano passado totalizaram R$ 42,484 bilhões. 

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