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Prática não é nova

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Por Redação
Atualização:

A prática de atrasar os repasses para pagamentos de programas sociais não é nova. O Estado revelou, em março, que as chamadas "pedaladas" - empurrar as despesas para os meses seguintes - chegaram até mesmo nos desembolsos às empresas que constroem as unidades habitacionais para as famílias de renda mais baixa inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida. Essa não é a única disputa envolvendo a Caixa e o seu controlador, o governo federal, representado pelo Tesouro. Um acordo de reduzir à metade o repasse ao Tesouro dos dividendos sobre o lucro líquido da Caixa neste ano será descumprido. Para fechar as contas da União, a Caixa será obrigada a repassar cerca de R$ 5 bilhões em dividendos em 2014. O banco vive uma encruzilhada: sem aportes, precisa fazer frente às exigências de ser alavanca do crédito para empurrar o ritmo da economia e gestor de uma dezena de programas sociais. Além disso, se viu pressionado a ajudar as empresas do setor elétrico, que enfrentam grave crise em razão do encarecimento do custo da energia no mercado de curto prazo. O quadro das contas públicas é complexo, e o mercado vê com ceticismo o cumprimento da meta fiscal deste ano. O governo chegou a ser auxiliado pela descoberta de um crédito de R$ 4 bilhões que estava numa conta paralela de um banco privado. O dinheiro, encontrado pelo BC, engordou as contas públicas em maio deste ano.

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