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Pré-sal é viável mesmo com barril de petróleo a US$ 30, diz Bendine

Presidente da Petrobrás garante que exploração do pré-sal permanece como prioridade: 'extremamente competitivo'

Por Antonio Pita e
Atualização:
O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, em coletiva de imprensa Foto: Fábio Motta/Estadão

RIO - O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, garantiu durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira que o desenvolvimento do pré-sal é viável mesmo com o preço do barril de petróleo cotado a US$ 30. "O pré-sal continua extremamente competitivo", frisou o executivo.

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Segundo Bendine, o pré-sal permanece como foco prioritário na companhia devido ao seu custo-benefício. "É um dos grandes diferenciais da Petrobrás, pelo seu custo de produção de US$ 8", afirmou.

Em relação ao petróleo já em exploração, o executivo disse que a estatal trabalha para conviver com o preço do barril a US$ 30. Bendine admite que o atual cenário é "desafiador", mas enxerga que o período é de volatilidade e "cabe à companhia se preparar para a situação de estresse".

Reestruturação. As declarações de Bendine aconteceram em meio à apresentação do novo modelo de gestão da Petrobrás, anunciado nesta quinta-feira e antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na quarta. A mudança na organização administrativa da estatal deverá gerar maior valor aos acionistas, a partir da redução de custos e mudanças nos procedimentos de contratação e análise de riscos. 

Para isso, a empresa vai incorporar a diretoria de Gás e Energia à de Abastecimento e também reduzirá 30% do total de funções gerenciais na Petrobrás e sua subsidiárias. Para chegar ao atual modelo, houve consultoria externa para pesquisar modelos de referência no segmento de energia, além de discussões internas em grupos de trabalho para avaliar a transição, que deverá durar até dois meses, sendo concluída em março com a realocação de funcionários e gerências. 

Lava Jato. As mudanças na estrutura de administração e na governança da Petrobrás são uma "resposta" à crise desencadeada pela Operação Lava Jato na companhia, segundo Bendine. O presidente da estatal afirmou que o novo modelo de contratação, que prevê avaliação de conformidade e integridade dos executivos, servirá para privilegiar a competência em detrimento a indicações políticas para o comando da empresa.

"Não convivi e não convivo com indicação política na empresa", afirmou o executivo durante a coletiva de imprensa na sede da empresa, no Rio. Segundo Bendine, as indicações agora passam por avaliação do conselho de administração, que aprovará ou não os nomes de diretores e gerentes executivos a partir de avaliação de integridade e de competência técnica.

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"Meritocracia é a palavra que define, desde 2015, os nossos processos e que prevalecerá em toda a companhia", completou. 

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