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Preço ao produtor segurou alta maior do IGP-10, diz FGV

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

A desaceleração nos preços do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi a principal razão para o recuo da inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em novembro, mês em que todos os estágios de processamento e as classes de origem (industrial ou agrícola) apresentaram taxa menor do que a registrada em outubro. Apesar disso, alguns itens continuaram contribuindo positivamente e impediram que o indicador cedesse ainda mais. Caso do tomate, com alta de 48,77% neste mês, ante 5,99% em outubro.Já no caso de bens intermediários, houve até deflação, de 0,07% em novembro. Em outubro, a alta foi de 1,12%. Os materiais e componentes para a manufatura reduziram o ritmo de alta para 0,09%, ante 1,52% na apuração anterior, e exerceu a principal pressão para que os preços buscassem acomodação na passagem do mês. Os bens finais registraram alta de 0,07% em novembro, contra aumento de 0,70% no mês anterior. A desaceleração nos alimentos processados, para 0,95% ante 2,79%, cumpriu papel importante para que o grupo sentisse maior alívio nos preços. Apesar de ainda ser uma importante influência positiva para o indicador, os bovinos (contabilizados nos bens finais) apresentaram taxa inferior depois de passarem algumas semanas pressionados pelo câmbio. O item registrou alta de 2,04%, depois de avançar 3,50% no IGP-10 de outubro.Nas matérias-primas brutas, apesar de o aumento de 1,32% ainda ser elevado, a taxa foi inferior à observada em outubro (+2,81%). Contribuíram para a desaceleração os itens aves (8,72% para 0,78%), soja em grão (3,26% para 1,47%) e minério de ferro (5,99% para 4,04%). No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), seis das oito classes pesquisadas no índice registraram aceleração na passagem do mês. Isso levou o IPC a 0,61%, contra 0,33% em outubro. O principal destaque partiu do grupo alimentação, que subiu de 0,18% para 1,06%. Nessa classe de despesa, vale mencionar o comportamento das hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -11,97% para 4,78%. Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos habitação (0,54% para 0,66%), educação, leitura e recreação (0,16% para 0,50%), despesas diversas (0,09% para 0,59%), saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,59%) e comunicação (0,31% para 0,68%). As passagens aéreas tiveram alta de 13,56%, contra 0,40% no mês anterior. Em contrapartida, duas classes de despesa desaceleraram: transportes (0,14% para -0,06%) e vestuário (0,94% para 0,50%). No caso dos transportes, destaca-se o item tarifa de ônibus urbano (0,28% para -0,28%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em novembro, taxa de variação de 0,32%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,44%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços desacelerou para 0,52%, contra 0,93% no mês anterior. O índice que representa o custo da mão de obra subiu 0,14%. No mês anterior, não registrou variação.

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