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Preço da cesta básica cai em 14 das 16 capitais

O item que teve maior queda foi o tomate, chegando a uma redução de 46,81% em Vitória, no Espírito Santo

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço da cesta básica diminuiu em junho, comparado ao mês de maio, em 14 das 16 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), conforme levantamento divulgado nesta terça-feira pela instituição. Em junho, aumentos no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais ocorreram somente em Fortaleza (2,55%) e Belém (0,24%). As quedas mais expressivas foram verificadas em Vitória (-6,76%), Natal (-4,92%), Salvador (-4,20%) e Recife (-4,01%). Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a pesquisa apontou baixas de 3,73%, 2,28% e 2,15%, respectivamente. No primeiro semestre de 2006, o movimento de declínio também foi confirmado em 11 capitais. As reduções mais significativas foram encontradas em Porto Alegre (-12,01%), Curitiba (-9,72%) e Belo Horizonte (-9,56%). Dentre as cinco localidades onde houve elevação, as três com maior aumento estão situadas no Nordeste: Salvador (3,44%); Recife (3,33%) e Fortaleza (3,11%). Na capital federal, a cesta apresentou variação acumulada negativa de 7,72%, enquanto, no Rio de Janeiro, recuou 7,31%, e, na capital paulista, 6,06%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, apenas duas capitais acumulam alta no preço da cesta básica: Salvador (2,88%) e Belém (1,75%). As reduções, verificadas nas outras 14 cidades, situaram-se entre 0,03%, em João Pessoa e 8,92%, em Aracaju. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, foram constatadas baixas de 5,91%, 4,17% e 4,82%, respectivamente. Queda do tomate Na avaliação do Dieese, os preços dos itens que compõem a cesta básica apresentaram, em junho, variações "bastante moderadas", na comparação com o mês anterior, tanto no que se refere aos aumentos quanto às quedas. Segundo a instituição, a exceção foi o tomate, cujo preço, sempre sujeito a oscilações, apontou fortes reduções na maior parte das cidades pesquisadas. O item registrou redução em 14 cidades, com taxas expressivas em Vitória (-46,81%), Belo Horizonte (-41,34%), Florianópolis (-33,69%) e Curitiba (-32,77%). Em Fortaleza (13,33%) e Belém (1,68%), o movimento foi oposto. Em 14 capitais, o tomate também apresentou retração em 12 meses, com destaque para Florianópolis (-42,59%), Belo Horizonte (-36,36%), Vitória (-35,90%) e Aracaju (-34,04%). Elevações foram apuradas em Belém (10,50%) e Salvador (1,80%). Salário Mínimo Com base no maior valor apurado para a cesta, de R$ 172,31, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,14 vezes maior que o piso vigente, em R$ 1.447,58. Ainda assim, a instituição destacou que esta é a menor relação apontada pelo estudo desde dezembro de 1985, quando o mínimo necessário correspondia a 2,76 vezes o piso legal em vigor. Quando se considera o salário mínimo líquido, após o desconto da parcela referente à Previdência Social, verificou-se, em junho, um comprometimento de 47,28% do valor recebido com a cesta básica. Em maio, este porcentual correspondia a 48,64% e em junho de 2005 chegava a 57,50%.

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