Preço da cesta básica cai em 11 das 18 capitais pesquisadas em julho, diz Dieese
Nos sete primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, todas as cidades, no entanto, acumularam altas no preço da cesta básica, que variaram de 6,28%, em Manaus, a 18,70%, em Fortaleza e Salvador
Por Mário Braga
Atualização:
SÃO PAULO - O preço da cesta básica em julho caiu em 11 das 18 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quinta-feira, as maiores retrações foram registradas em Belém (-4,76%), Manaus (-3,27%), Natal (-3,03%) e Recife (-2,87%). Por outro lado, registraram aumento no valor do conjunto de bens alimentícios básicos Aracaju (3,64%), Fortaleza (2,28%), Belo Horizonte (1,85%), Rio de Janeiro (0,96%), São Paulo (0,78%), Curitiba (0,16%) e Vitória (0,02%).
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Nos sete primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2014, todas as cidades acumularam altas no preço da cesta básica, que variaram de 6,28%, em Manaus, a 18,70%, em Fortaleza e Salvador.
No acumulado de 12 meses até junho, a situação é a mesma, com todas as cidades mostrando elevação do preço na cesta básica. Os principais destaques neste recorte são Aracaju (19,07%), Campo Grande (18,24%) e Brasília (17,98%). Por outro lado, os aumentos menos significativos foram em Manaus (4,28%) e Recife (4,46%).
Quanto é preciso trabalhar para comprar uma cesta básica?
1 / 18Quanto é preciso trabalhar para comprar uma cesta básica?
Vitória
Em Vitória (ES), o contribuinte precisa trabalhar em média 102h45min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 368,01; o preço do conjunto d... Foto: Gabriel de Andrade FernandesMais
São Paulo
De acordo com dados do Dieese, o paulistano que ganha um salário mínimo precisa trabalhar em média 110h31min por mês para comprar uma cesta básica, qu... Foto: Diego Moura/EstadãoMais
Porto Alegre
O preço médio de locação encareceu 0,96% em Porto Alegre em 2015 Foto: Renato Pereira/Flickr
Florianópolis
Em Florianópolis (SC), o contribuinte precisa trabalhar em média 105h10min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 376,69; o preço do conj... Foto: Rodrigo Soldon/FlickrMais
Rio de Janeiro
No Rio, o contribuinte precisa trabalhar em média 103h55min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 372,24; o preço do conjunto de itens c... Foto: Maria Eduarda Chagas/EstadãoMais
Curitiba
Em Curitiba, o preço de locação ficou estável em 2015 e é o mais em conta entre as nove cidades pesquisadas: R$ 16,64 o metro quadrado Foto: Washington Cesar Takeuchi
Brasília
Em Brasília (DF), o contribuinte precisa trabalhar em média 99h06min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 354,94; o preço do conjunto d... Foto: Reynaldo StavaleMais
Campo Grande
Em Campo Grande (MS), o contribuinte precisa trabalhar em média 96h54min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 347,08; o preço do conjun... Foto: Leandro Neumann Ciuffo/FlickrMais
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte (MG), o contribuinte precisa trabalhar em média 96h20min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 345,02; o preço do conj... Foto: ReutersMais
Manaus
Em Manaus (AM), o contribuinte precisa trabalhar em média 95h10min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 340,84; o preço do conjunto de ... Foto: DivulgaçãoMais
Belém
Em Belém (PA), o contribuinte precisa trabalhar em média 94h43min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 339,27; o preço do conjunto de i... Foto: Julia RettmannMais
Fortaleza
Em Fortaleza (CE), o contribuinte precisa trabalhar em média 92h55min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 332,82; o preço do conjunto ... Foto: Fernanda Gonçalves/FlickrMais
Goiânia
Em Goiânia (GO), o contribuinte precisa trabalhar em média 91h26min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 327,47; o preço do conjunto de... Foto: Guilherme Morais/FlickrMais
Salvador
Em Salvador (BA), o contribuinte precisa trabalhar em média 88h45min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 317,90; o preço do conjunto d... Foto: Crayon Stock/DivulgaçãoMais
Recife
Em Recife (PE), o contribuinte precisa trabalhar em média 86h23min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 309,38; o preço do conjunto de ... Foto: Herton Escobar/EstadãoMais
João Pessoa
Em João Pessoa, o contribuinte precisa trabalhar em média 85h35min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 306,53; o preço do conjunto de ... Foto: Hélvio Romero/EstadãoMais
Natal
Em Natal (RN), o contribuinte precisa trabalhar em média 81h58min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 293,58; o preço do conjunto de i... Foto: Crayon Stock/DivulgaçãoMais
Aracaju
Em Aracaju (SE), o contribuinte precisa trabalhar em média 79h41min por mês para comprar uma cesta básica, que custa R$ 285,44; o preço do conjunto de... Foto: Prefeitura de Aracaju/ReproduçãoMais
Em valores, o maior custo da cesta básica em junho foi registrado em São Paulo (R$ 395,83), seguido por Porto Alegre (R$ 383,22), Florianópolis (R$ 376,69) e Rio de Janeiro (R$ 372,24). Já os menores valores médios ficaram em Aracaju (R$ 285,44), Natal (R$ 293,58) e João Pessoa (R$ 306,53).
De acordo com cálculos do Dieese, em julho o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, segundo conceitos firmados na Constituição, deveria equivaler a R$ 3.325,37, ou 4,22 vezes mais do que o valor do salário mínimo atual, de R$ 788,00. Em julho do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.915,07 ou 4,03 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00).
Produtos.Os produtos que mais influenciaram a elevação no preço da cesta básica em junho, conforme o Dieese, foram pão francês, açúcar, leite e carne bovina. Já o óleo de soja e o tomate tiveram retração de valor na maioria das capitais.
O pão francês ficou mais caro em 16 das 18 capitais - o produto subiu de 0,09%, no Rio de Janeiro, a 4,24%, em Belo Horizonte. Em 12 meses, todas as cidades mostraram elevação no preço do pão, com taxas indo de 3,62%, em Goiânia, a 31,83%, em Aracaju. "Chuvas na região Sul destruíram parte da lavoura de trigo, o que diminuiu a oferta nacional. Por outro lado, o trigo importado ficou mais caro, uma vez que o real está desvalorizado. Os reajustes das tarifas de água e luz também têm influenciado o aumento do produto", explicou o Dieese, em nota.