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Preço da cesta básica em São Paulo sobe 2,45% em outubro

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Fundação Procon mostrou que o preço da cesta básica do paulistano aumentou 2,45% em outubro ante setembro. No período, o valor da cesta passou de R$ 207,02 para R$ 212,09, conforme o levantamento do órgão, que é vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo do Estado de São Paulo. A variação acumulada no ano atingiu -2,48% (base 29/12/2004), enquanto a queda acumulada nos últimos 12 meses encerrados em outubro foi de 1,24% (base 29/10/2004). Na análise por grupo, os preços da Alimentação foram o destaque, com elevação de 2,94%, seguido por Limpeza, com alta de 1,34%. O grupo Higiene Pessoal, porém, recuou 0,20%. Dos 31 itens pesquisados, 18 apresentaram alta, 11 diminuíram de preço e dois permaneceram estáveis. Segundo a pesquisa da Fundação Procon-SP, a carne de primeira (quilo) foi o item que mais contribuiu para pressionar o avanço de preços no período, considerando-se as contribuições porcentuais na cesta. Com variação de 13,18%, o produto atingiu sua maior elevação mensal dos últimos três anos - em outubro de 2002, a alta foi de 13,48%. Na avaliação dos técnicos da Fundação Procon-SP, o movimento de elevação dos preços da carne bovina é "reflexo de uma menor oferta de gado de confinamento no período da entressafra", mas também não está descartada uma "antecipação de alta", por conta do receio de uma diminuição da oferta do produto em virtude da descoberta dos focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Outro exemplo de contribuição para a alta na cesta básica vem da carne de segunda (kg), que subiu 3,45%, mas representou o terceiro maior impacto entre os 31 itens. Ainda mereceu destaque na pesquisa, o preço da batata (kg), que, após quatro meses consecutivos de queda, foi o item com a segunda maior contribuição em outubro e o com a variação mais expressiva (25,97%). De acordo com a Fundação Procon-SP, a produção e a distribuição do tubérculo apresentaram, no primeiro trimestre do ano, problemas em função do excesso de chuvas nas regiões produtoras, além da redução da área plantada. Esses motivos, aliados à redução da oferta durante a transição entre a safra das águas e a das secas, resultaram numa "supervalorização do produto", que, mesmo com um aumento na oferta no segundo semestre, não alterou significativamente a trajetória. Entre as quedas mais expressivas de preço em outubro, a Fundação Procon-SP citou a cebola (kg), com recuo de 7,26%; o feijão carioquinha (pacote de 1 kg), com baixa de 6,93%; e a margarina (pote de 250 gramas), com declínio de 2,63%.

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