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Preço da gasolina não deve cair mais em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço da gasolina não deve cair mais em São Paulo. O estado não promoveu nenhuma alteração no ICMS na virada do mês e, na opinião de especialistas, o valor médio pago pelo litro em fevereiro deve ficar próximo aos R$ 1,497 registrados na sexta-feira, último dia de pesquisa diária da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A redução do preço no estado, segundo a agência, foi de 12,04% em janeiro. A média de queda no Brasil ficou em 14,3%, ainda abaixo dos 20% anunciados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O mercado espera que o preço médio nacional não caia muito mais, mesmo com as alterações na cobrança de ICMS de alguns estados em fevereiro. Especialistas ouvidos pela Agência Estado acreditam em uma queda média entre 15% e 16% nas atuais condições. Na virada do mês, poucos estados promoveram alterações no ICMS e têm potencial para mais redução no preço. Minas Gerais promoveu a maior alteração, de cerca de 7%, e tem o maior potencial de queda. Belo Horizonte foi uma das cidades com menor redução no preço em janeiro, de 11,23%. O Rio, que registrou uma queda de 13,82% desde o início do ano, também deve experimentar uma redução nos próximos dias: o valor de referência para a cobrança do ICMS no estado caiu de R$ 1,62 para R$ 1,599. O Distrito Federal, onde o preço já caiu 16,8%, também reduziu a base de cobrança do ICMS e deve registrar uma redução ainda maior. De qualquer maneira, os percentuais de queda esperados são pequenos. A Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis), que representa os donos de postos, acredita em um percentual médio de 16% no País, enquanto os estados utilizarem a atual sistemática de ICMS. Executivos ligados às distribuidoras concordam com a avaliação. A maior redução registrada durante as três semanas de pesquisa da ANP ocorreu em Recife, de 25,82% e a menor, em Porto Alegre, de 11,13%. Em Recife, porém, o preço foi puxado para baixo por liminares contra a cobrança de tributos. Duas das maiores distribuidoras do estado, Total e Star, compram gasolina sem pagar a fatia referente a PIS/Cofins na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o que lhes confere uma vantagem de R$ 0,20 por litro.

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