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Preço do álcool está atrativo em três Estados

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:
Produção do etanol vai voltar a ser tributada em 2017 Foto: Divulgação

Em pleno período de colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, os preços do etanol nas bombas só estão competitivos em relação à gasolina nos Estados do Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da semana passada, compilados pelo AE-Taxas. Nos demais Estados e no Distrito Federal, a gasolina segue mais vantajosa.

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A relação só é favorável ao etanol quando a cotação o preço do produto está abaixo de 70% do valor gasolina. Em Mato Grosso, o etanol vale 66,04% do preço da gasolina. Em Minas Gerais, a relação está em 68,93%; e em São Paulo, em 66,66%.

Os preços do etanol hidratado caíram em apenas nove Estados e no Distrito Federal na semana passada. O valor subiu em outras 16 unidades da federação e ficou estável em Santa Catarina. No período de 30 dias, o biocombustível subiu em 13 Estados, caiu em 8 e no Distrito Federal e permaneceu estável em cinco.

Em São Paulo, a cotação subiu 0,61% na semana passada, para uma média de R$ 2,303 o litro. No período de um mês, acumula alta de 0,47%. A cotação do litro da gasolina ficou, em média, em R$ 3,455 por litro.

Complexo. Um representante de distribuidores de combustível que atua em São Paulo, e que preferiu não se identificar, disse ao Estado que a comercialização de etanol é complexa. Segundo ele, as grandes redes de combustíveis só querem atuar em regiões populosas, consideradas mais lucrativas, e desprezam cidades menores, que só são atendidas por redes independentes e de menor porte. “Todas as grandes distribuidoras de combustíveis têm autos de infração (por essa razão)”, disse essa fonte.

Questionada pela reportagem, a Procuradoria-Geral do Estado afirmou que as redes associadas ao Sindicom não têm autos de infração referentes ao não recolhimento de impostos. Quando notificadas, por razões diversas, essas grandes distribuidoras apelam ao Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) e não deixam de regularizar a situação, informou a PGE. 

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