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Preço do barril de petróleo fecha no terceiro recorde seguido

Dados do governo dos EUA mostraram que os estoques caíram mais do que o esperado

Por AE-Dow Jones
Atualização:

O preço do barril do petróleo fechou no terceiro recorde consecutivo nesta quarta-feira, aproximando-se de US$ 82,00 o barril, depois que os dados do governo dos EUA mostraram que os estoques de petróleo caíram mais do que o esperado na semana passada.   Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo leve para outubro subiu US$ 0,42, ou 0,5%, para fechar em US$ 81,93 o barril, após atingir a máxima intraday de US$ 82,51. O contrato do Brent para novembro na eletrônica ICE subiu US$ 0,88 para US$ 78,47, maior valor em um ano.   As expectativas positivas para a demanda por energia, ampliadas pelo corte de meio ponto, na terça, pelo banco central dos EUA (Fed), também estimularam o preço do petróleo, assim como a retirada de funcionários de plataformas do Golfo do México por causa da aproximação de temporais.   O Departamento de Energia dos EUA (DOE) informou queda de 3,8 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana encerrada em 14 de setembro, para 318,8 milhões de barris. A previsão média dos analistas era queda de 1,5 milhão de barris. Os estoques de gasolina subiram 400 mil barris na semana passada para 190,8 milhões de barris. A previsão média apontava retração de 1,3 milhão de barris.   Os estoques de destilados avançaram 1,5 milhão de barris para 135,5 milhões de barris. A previsão era aumento de 1,1 milhão de barris. A taxa de utilização das refinarias caiu 0,9 ponto percentual para 89,6%, de 90,5% na semana anterior.   A queda nos estoques de petróleo foi a décima em 11 semanas e significa, segundo os dados do DOE, que os estoques caíram 10% no período. Os estoques em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega para os contratos futuros de petróleo da Nymex, caíram 1,7 milhão de barris para 18,3 milhões de barris, menor nível desde dezembro de 2005. Por que o preço está subindo?   Os preços do petróleo nas últimas quatro semanas subiram com as expectativa de oferta mais apertada no inverno do hemisfério Norte, temores de furacão e enfraquecimento do dólar. Alguns analistas acreditam que o movimento de alta foi muito rápido e exagerado.   "Acho que o mercado de petróleo está sobrevalorizado em cerca de US$ 15,00 o barril", disse Tim Evans, analista do Citigroup, em Nova York. "Vejo um risco considerável de que os preços caiam no médio prazo. Primeiro, eles podem subir mais ainda, mas o mercado já está sobrevalorizado de forma significativa", afirmou.   A BP, a Chevron e a Marathon Energy retiraram pessoal não essencial do Golfo do México norte-americano por causa de um distúrbio tropical que pode se transformar em furacão. A Royal Dutch Shell disse que retirou cerca de 300 funcionários não essenciais de suas operações na área.

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