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Preço do barril dependerá de vários de fatores, diz Gabrielli

Presidente da Petrobrás diz que valor do petróleo para a capitalização levará em conta os investimento feitos

Por Wellington Bahnemann e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a definição do preço do barril para a capitalização da companhia depende de uma série de variáveis que ainda não estão definidas no momento. "Para se definir o valor, é necessário determinar as áreas de produção, o valor dos investimentos e o custo de produção do barril. A partir daí, se chegará ao valor justo do preço do barril", disse hoje o executivo, durante o seminário "O Futuro do pré-sal II", promovido pelo Grupo Estado.

 

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Gabrielli destacou que nos próximos meses serão realizadas perfurações para a escolha dos campos que serão considerados na operação de capitalização. O executivo, no entanto, diz que não há um cronograma estabelecido para que esses trabalhos sejam concluídos.

 

Segundo a proposta do Governo Federal, a União poderá transferir em regime de cessão onerosa até 5 bilhões de barris de óleo do pré-sal à Petrobrás. A dúvida no mercado é de quais campos virão essas reservas e qual será o custo do barril. Gabrielli comentou que não se trata de uma operação "exótica", citando como exemplo a possível aquisição pela China de reservas na Nigéria no montante de 6 bilhões de barris de óleo. "É consenso que a Petrobrás precisa ser fortalecida e a companhia pagará um valor justo, que será certificado", afirmou. O valor do barril será usado para lastrear a operação de aumento de capital da companhia.

 

Gabrielli afirmou também que o preço do barril, a ser calculado para a capitalização, considera ainda o pagamento das participações especiais - imposto que é cobrado sobre os campos de alta produtividade. "Isso poderia ser pago antes ou depois, mas a proposta do projeto de lei é de que isso seja pago de imediato à União", explicou.

 

De acordo com ele, além de fortalecer a Petrobrás, a capitalização contribuirá para reduzir o nível de alavancagem da empresa, o que ampliará a capacidade de endividamento da empresa para fazer frente aos futuros projetos de exploração do pré-sal.

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