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Preço do cacau cai em Nova York

Por Filipe Domingues
Atualização:

A situação política mais tranquila na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau, afasta riscos para o suprimento mundial e pressiona os preços da commodity. Ontem, o contrato do produto para entrega em julho caiu 2,56% na Bolsa de Nova York e fechou a US$ 2.902 por tonelada. De novembro do ano passado até o início deste mês, a violenta disputa pela presidência no país vinha colocando a oferta de cacau em risco. As exportações chegaram a ser suspensas em março pelo presidente Alassane Ouattara, para pressionar o ex-presidente Laurent Gbagbo a deixar o cargo, e as cotações alcançaram o maior nível em 34 anos. Mas, agora, duas semanas após a posse oficial de Ouattara, os embarques ganham ritmo, o abastecimento se normaliza e os preços recuam. Apenas em maio a amêndoa caiu 13%. Analistas dizem que o novo contexto deve causar uma correção até US$ 2.850/t.Os preços do café também cederam ontem em Nova York, pressionados por um gradual aumento da oferta por causa da colheita em países como o Brasil. O contrato com vencimento em julho caiu 1,73%. Investidores começam a perceber que já não falta café no mercado como acontecia há algumas semanas. Os estoques certificados aumentam quase que diariamente, um sinal da entrada da nova safra. Na mesma bolsa, o algodão fechou estável, com dúvidas sobre o clima nos Estados Unidos.

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