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Preço do ferro não elevará inflação, diz professor

Por Agencia Estado
Atualização:

O professor de economia da PUC e sócio da consultoria Tendências, José Márcio Camargo, afirmou que o aumento do preço do minério de ferro no mercado mundial não levará o Banco Central a adiar o fim do aperto monetário, que, de acordo com muitos analistas, poderá terminar em abril. "A ata da última reunião do Copom, divulgada na semana passada, foi feita depois que ocorreu a elevação do preço do produto", disse. Na avaliação do professor, a decisão do governo de baixar para zero a tarifa de importação de 15 produtos siderúrgicos não deverá reduzir de forma significativa os preços do aço. "Como o preço no exterior está muito próximo do que é cobrado no Brasil, haverá pouco impacto na redução do valor de venda do produto no País", disse. Para ele, reduções tarifárias de importados causam repercussão a longo prazo e o combate à inflação "é um problema que precisa ser combatido no curto prazo". Na opinião de Camargo, o aumento do preço do minério de ferro "eleva as preocupações do Banco Central", com a inflação. "Isso ocorre porque como os preços internacionais e no Brasil são semelhantes, há chances que isso afete outros produtos da cadeia produtiva, como os carros, máquinas e eletrodomésticos", afirmou.

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