O anúncio do reajuste do óleo diesel foi considerado como o "detonador final" para que o preço do frete rodoviário seja elevado em aproximadamente 8% no início do próximo mês, na avaliação do presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), Geraldo Vianna. De acordo com ele, o setor sofreu elevação de custos nos últimos dois meses em torno deste porcentual. "O dissídio dos trabalhadores foi de 7% a 8% em todo o País, os preços dos pneus foram reajustados em 9% e os veículos subiram 8%", enumerou. De acordo com ele, estes três itens, somados ao anúncio de elevação do diesel ontem pela Petrobras (10,6%), são responsáveis por 90% dos custos do setor. "É inevitável que ocorra o aumento do preço do frete", disse. Vianna acrescentou que, além da alta do preço dos insumos, a demanda também está um pouco mais aquecida, o que facilita o repasse das recentes altas. O valor de um frete pode variar de R$ 10,00 a R$ 3.000,00, de acordo com a distância entre a origem e o destino da entrega e o volume e peso da mercadoria. O tempo para que o aumento ocorra, no entanto, ainda não está definido, de acordo com o presidente da NTC. Ele acredita que a elevação de preços seja iniciada na virada do mês, após o I Seminário Brasileiro de Transporte de cargas e Logística, que ocorrerá em Goiás a partir de amanhã. "As altas vão ocorrer de acordo com cada caso, mas seguramente haverá um movimento de repasse no mercado", finalizou.